| | | Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório |  |
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| Autor | Mensagem |
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yukizinha
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Data de inscrição : 27/11/2022
| | Assunto: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Sáb Dez 03, 2022 4:37 pm | |
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| | | | Paith
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Data de inscrição : 27/11/2022
| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Dom Dez 04, 2022 7:19 pm | |
| ——————it’s not my problem if you don’t see what i see
and i do not give a damn if you don’t believe
KONSTANTIN MIKHAILOVICH KOZLOVSKY
  
24 YO TEA&TOC&TOURETTE VETERANO
INTERAGINDO COM NINGUÉM NA BIBLIOTECA ——————Estava num ambiente hostil, com pessoas hostis, médicos hostis e terapeutas que não pareciam saber o que estavam fazendo. Konstantin não podia ter esperado lugar pior para ser internado, mas sua mãe tinha fé que, na St. Mary, poderia finalmente se portar feito um adulto normal. Ela estava redondamente enganada. Temia que poderia ficar ainda mais estressado, porém, usaria tudo em seu poder para não enlouquecer justo nos primeiros dias.
——————…Era o mantra que tinha que manter, pelo menos, enquanto sentia os músculos se contraírem em tics causados pelo stress de ficar imobilizado na cama. Mas o que disse de errado? Suas faculdades mentais estavam ótimas, perfeitas comparadas a alguém com esquizofrenia. Era o fato de ser ateu? Era por ter respondido, com sinceridade, o pastor? Deveria ter mentido? Não. Konstantin não mente. Nunca. Ok, talvez esse realmente tenha sido o problema.
——————O alívio imediato ao ser liberto foi indescritível. Tinha pensado em exatas 145 linhas de diálogo para isso, mas condensou-as num suspiro longo e cronometrado. Pelo menos o dormitório estava em ordem. A notícia de que estava livre para fazer o que quisesse graças ao aniversário da instituição trouxe uma boa carga de relaxamento para sua consciência. Deveria ser agora que agradecia a Deus? É, mas não faria isso.
——————Vagou pelo pátio até deparar-se com um lugar repleto de prateleiras e montes de livros nelas, a biblioteca. Chamou-lhe a atenção, o sedento por conhecimento. Adentrou o ambiente, caçando com os olhos algum título que se destacasse, mas, infelizmente, só via autoajuda genérica. Por pura descrença, a mão direita se esticou e agarrou um aleatório, levando o livro à altura dos olhos e o abrindo enquanto andava distraidamente até uma mesa, a fim de se sentar encolhido, com os pés calçados na cadeira. Era mais confortável assim.
——————O título daquela… daquilo que alguns muito corajosos chamariam de obra era “Vencendo a depressão em 30 dias”. Quis vomitar. Os olhos liam em uma velocidade voraz, encarando aquelas letras formarem frases tão genéricas que estalou o pescoço instintivamente, de incredulidade e de dúvida, de quem em sã consciência publicaria algo tão suspeito de charlatanice. Depressão não podia ser “vencida” com “força de vontade” ou “coragem” nem “olhar o lado bom da vida”. Puta que pariu, a mente exclamou enquanto virava a décima sexta página com os dedos quase desistentes. Sentia que se gostasse da textura do material daquele livro em específico realmente desenvolveria depressão. |
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| | | | yukizinha
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Data de inscrição : 27/11/2022
| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Seg Dez 05, 2022 1:28 am | |
| the wires got the best of him
 I N T E R A G I N D O C O M: N O A H N O R E F E I T Ó R I O Culpo meu pai porque preciso de alguém em quem despejar o ódio — porque, na verdade, família é uma desculpa perfeita para justificar a origem de muitos dos nossos problemas.
Lembro-me, por exemplo, de mentir a todo momento na infância. Cada segundo. E o homem estava tão desesperado pela perfeição que acabei colocando vários dos seus trejeitos nos meus ossos — obrigando a mim mesmo a cumprir suas expectativas e assimilar a sua personalidade.
Ele está aqui, no fundo dos olhos castanhos, nas palavras que falo, na atmosfera que respiro. Até meu espelho está confuso, como se o reflexo estivesse despertando para uma pessoa que, de repente, não compreendesse. Como se, na verdade, não me compreendesse — qual das sombras ele deveria refletir afinal? Quem está morando aí dentro?
Eu não sei, então, minto.
Gosto de consertar coisas — não importa o quê — o tempo todo. Às vezes isso é extremo, como quando esfreguei tanto as janelas do dormitório que um passarinho desorientado, sem perceber o vidro, chocou-se contra ela. Ou quando desperdicei quase dois dias acordado organizando os livros da biblioteca em ordem alfabética e baseado no seu grau de "interessante". Não suporto entrar no dormitório e enxergar um quarto vazio; fico relembrando as paredes da casa antiga, cheias de medalhas e certificados que dão peso às minhas conquistas.
Lembro-me, especificadamente, de ganhar muitas drogas e muitos elogios após a final de um Concurso de Física, na típica festa de encerramento onde os integrantes são todos os que participaram dele. Eric Donaghan — um demônio — era o garoto responsável por acrescentar entorpecentes à diversão, e eu fui o primeiro colocado da maior competição de conhecimento do Condado de Houston, no Texas.
As meninas colocaram o melhor vestido do guarda-roupa, e os meninos capricharam no corte de cabelo. Aconteceu na casa de um mauricinho rico que organizou tudo pensando em coletar fundos para crianças órfãs, uma desculpa típica dos filantropos. E é claro que o filho do político republicano mais influente do Estado não poderia furar a oportunidade. Se, porventura, me xingassem, esfregaria o primeiro lugar do concurso naquelas carinhas e retornaria à casa inventando uma dor de cabeça tão insuportável que não me permitia sequer pensar direito.
Mas eles não foram ruins. Não precisei encenar uma quase morte para escapar do lugar. Quis, por vontade própria, permanecer. Ninguém me ofendeu mais que o próprio espelho; usei roupas exageradamente formais, os cabelos loiros meticulosamente arrumados; uma gravata combinando com o terno. Era adequado — meu pai afirmou, como se acabasse de avaliar o cavalo com o qual desperdiçar dinheiro, mas sei que, na verdade, essa extravagância me transformou na pessoa mais pomposa que os socialites já conheceram na vida.
Deus,
O que eu não trocaria — no mundo — por um mísero resquício daquelas substância...
Um trem me descarrega pensamentos autodestrutivos e fundidos com as memórias ainda frescas de situações em que uma pílula para adrenalina era a única coisa correndo no meu sangue — quando a ansiedade ainda não era como uma mão firme em volta dos pulmões, esmagando-os completamente. A diversão era tudo o que importava — a única verdade do planeta.
Mas agora, cinco meses de internação e cento e cinquenta e dois almoços depois e não descobri os ingredientes que são usados nessa comida hospitalar. Tem cheiro de química, de uma equação que ninguém soube resolver e só colocaram dentro da panela esperando o melhor resultado. Sempre repugnante. Urgh. Devolvo secretamente o prato de bolo que a administração deixou servido sobre a mesa do refeitório — foi aí, nesse instante em que me desorientei entre a profunda repulsa e uma súbita curiosidade, que encontrei um garoto com, aparentemente, os mesmos problemas, suponho.
—— Você... vai comer isso aí? —— digo, me aproximando a passos furtivos, como se tentasse passar uma informação secreta para um agente de uma organização criminosa —— Não é muito bom, não... —— ele é bonito. E isso é um enorme problema. Pego atalhos no labirinto da minha mente, temendo retornar a mesma conclusão de agora. Encaro olhos verdes, grandes e brilhantes como se alguém tivesse os substituído por esmeraldas —— passe pra cá —— ordeno, estendendo a mão e não esperando nenhuma recusa. São só comandos e arrogância que saem da garganta. Nunca algo diferente —— Imagino que seja novo... qual o seu nome?
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| | | | Paith
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| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Seg Dez 05, 2022 10:35 am | |
| ——————don't you know i'm no good for you?
i could lie and say i like it like that
NOAH REESE BISHOP
  
20 YO ANOREXIA&ANSIEDADE&BULIMIA NOVATO
INTERAGINDO COM CRISTOPHER NO REFEITÓRIO ——————Estava nervoso. As vias respiratórias pareciam pequenas demais para a transportação de oxigênio e ainda nem tinha passado muito tempo desde a internação. Não queria comer. Quer dizer, sentia fome, mas não tinha vontade. Não podia, uma voz intrusiva lhe comandava e ele a seguia cegamente, numa imagem distorcida que enxergava de si mesmo. Se achava um merda quando não conseguia perder um quilo inteiro, só gramas não eram suficientes, eram números quebrados, queria os inteiros. Nesse ciclo, passava dias comendo só fruta leve ou só cubos de gelo para imitar textura de crocância na tentativa de enganar o próprio estômago. Treinava para distrair o pensamento de que estava exausto, feito um maníaco. Não conseguia sentir nem as próprias costelas aparentes, achava que não estava conseguindo resultado. Estava até na ilusão paranoica de que até seu sangue estava pesando, se vendo obrigado a se livrar dele. Apelou para os diuréticos e aqui estava depois de uma quase overdose. Interrompeu tudo, estragou tudo. Devia ter só se contentado com induzir o vômito, mas já era tarde demais.
——————Encarava o bolo, gorduroso e que parecia tentador demais, disposto na mesa do refeitório, na sua frente, quase o convidando para prová-lo. Suou frio, talvez só um pouquinho… era só botar pra fora depois. Congelou quando ouviu uma voz masculina, de um modo que parecia que estava sendo pego cometendo um crime de guerra, os olhos arregalados. Acalmou-se, porém, quando prestou atenção nas palavras que saíam, sentindo-se como se estivesse sendo resgatado de cair num poço sem fundo. As mãos, tremulantes e esqueléticas, entregaram-lhe o prato com o bolo enquanto tentava não olhar muito para ele, o demônio que era a comida. Tentava não se arrepender.
————————— Obrigado… ——— Agradeceu, mais por ter se livrado da tentação, aliviado. Quem sabe o que poderia ter acontecido se fosse deixado sozinho com aquela montanha de calorias por mais tempo? ——— Uhum, eu cheguei ontem. ——— Respondeu à primeira parte, focando o olhar no rosto daquele homem loiro de olhos castanhos. Bonito, alto; parecia um modelo, daqueles que as meninas colecionariam várias e várias revistas só para admirar a simetria de seu rosto. ——— Noah. E… e o seu? ——— O sorriso que soltou foi automático, como se parte de uma coreografia, leve, discreto, enquanto sentia as veias forçando o coração a alimentá-las com mais velocidade pela antecipação, tentando imaginar o que ele estava pensando sobre si. Não fazia ideia, mas a mente pessimista fazia questão de inventar as respostas, como, por exemplo, que ele acharia as olheiras, marcas consequentes de ter dormido só quatro horas no dia anterior, horrendas. Ao mesmo tempo, a timidez tomava conta por fora. |
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| | | | Daphne
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Data de inscrição : 27/11/2022
| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Seg Dez 05, 2022 6:18 pm | |
| I keep wishing it could be that way
because my world would be a wonderland Interagindo com Konstantin na biblioteca————No mundo lúdico da mente de Aela, aquela comemoração era um dos melhores dias da vida dele, as bolas coloridas o distraíam das visões que andava tendo desde a troca de medicamento mais recente. Possivelmente pelos químicos adicionados ao bolo, sentia-se mais tranquilo e feliz que o normal, quando terminou de comer levantou-se e saiu bailando pelos corredores da instituição em direção a biblioteca. Aquele dia feliz pedia a leitura de fábulas clássicas.
————Ao entrar no local piruteando, acabou esbarrando no rapaz de cabelos esverdeados que lia sentado de uma forma bem esquisita. Aela foi com tudo pro chão, piscando lentamente enquanto o encarava ainda deitado e imóvel, como se estivesse tentando entender que caiu. Os olhos deixaram de se arregalar e se agarraram ao livro que estava sendo lido.
—————— Hihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihi, não tem como curar a depressão em 30 dias, bobinho. —— Sacudiu os pés, que tinham a pele lisa e macia como os de uma princesa até os sapatos saírem voando e cutucou a bochecha de Konstantin com o dedão nu. A risada contorcia o rosto dele em um sorriso bizarro e insano, mas genuíno.
Uma das suas maiores frustrações em relação a biblioteca era ter sido proibido de ler "Drácula", essa lembrança fez com que ele bufasse e abrisse os braços no chão, bagunçando ainda mais os longos cabelos loiros esparramados pelo piso. O sorriso havia murchado e ele agora encarava o teto com o dedão do pé ainda afundado na bochecha do outro rapaz.
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| | | | Paith
Admin
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Data de inscrição : 27/11/2022
| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Ter Dez 06, 2022 9:49 am | |
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INTERAGINDO COM AELA NA BIBLIOTECA ——————Estava a ponto de largar a leitura quando se segurou na mesa para não cair ao receber um peso que logo se desfez, de uma pessoa que agora Konstantin encarava incrédulo e assustado. A reação atrasada do ser o confundiu, assim como a risada e expressões totalmente bizarras. Porém, se resetando como uma máquina, os olhos focaram-se nele, deixando o toque incomum do dedão do pé do outro em sua bochecha por um curto período, só pela textura macia.
————————— Eu sei. ——— Dispensou o toque com o indicador, empurrando o pé para longe de modo automático. Não perguntaria o que ele estava fazendo ali e por que raios tinha trombado em si, muito menos por que a expressão dele tinha ficado com a expressão vazia, assim como o próprio Kostya geralmente estava. Porém, tentava lê-lo, entender o que estava se passando por aquela cabeça que parecia avoada encarando o teto, enfeitada pelos cabelos longos que adornavam o chão. Daria uma bela pintura renascentista, isso era fato. Também estava claro que ele estava com a mente deteriorada, mas não se importava o suficiente com isso para ignorá-lo; a aparência era interessante o suficiente.
————————— Não achei O Manifesto Comunista, só essa porcaria e piores. Será que tem alguma coisa que preste escondida em algum lugar…? ——— Divagou, comumente sem filtros e quase consigo mesmo, um tic se manifestou em forma de estalar o pulso direito enquanto dispensava o livro na mesa com a esquerda, já desinteressado nele. Não estava com muita vontade de levantar, então se contentou em varrer ao redor com os olhos. |
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| | | | yukizinha
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| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Ter Dez 06, 2022 10:27 pm | |
| the wires got the best of him
I N T E R A G I N D O C O M: N O A H N O R E F E I T Ó R I O Metade de mim quer sair correndo assim que percebe quantos segundos passei o encarando — essa é a parte racional, um fantasma dentro dos ossos que me leva a buscar a perfeição a cada momento. A outra metade, no entanto, não pensa deste modo. Ela quer, na verdade, analisar Noah como se pudesse desvendar todos os segredos escondidos na sua sombra. É um garoto baixo, magro, tímido. Ele parece o tipo de pessoa que acreditaria que o céu é rosa se fosse ordenado a pensar deste modo — quero ordená-lo pelo prazer de vê-lo obedecer. É uma coisa feia e distorcida que está borbulhando como agua fervente dentro do peito.
Perigoso, penso, inundando o pulmão com aquele tipo de respiração que os mergulhadores dão antes de submergirem incontáveis metros para o fundo do oceano. Eu mal posso ouvir a pergunta até que meu cérebro arranje a resposta, como se estivesse esperando por uma única oportunidade de cuspir o nome: —— Matthew. —— minto, sem tremer nenhum dos cílios e sem transparecer nenhuma hesitação no contorno destas sete letras. Sou incontrolável. As historinhas — minhas invenções e delírios — escorrem da minha boca com tanta facilidade que às vezes as confundo com o oxigênio atmosférico. Não posso impedir esse impulso quase fisiológico, assim como o estômago, por exemplo, é uma parte real e física do meu corpo —— Ah, seja bem-vindo, Noah. Pode contar comigo se precisar de um veterano para orientá-lo. —— não, não pode. Será péssimo e minhas palavras são criaturas muito imprevisíveis. Fecho o punho e preciso desesperadamente encará-lo por alguns segundos; os nós ficam brancos de tanto que os aperto —— Alguém já te mostrou o lugar? Por que você está aqui? —— pergunta perigosa, ainda que muito necessária. |
Última edição por yukizinha em Qui Dez 08, 2022 6:47 pm, editado 1 vez(es) |
| | | | Paith
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| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Qua Dez 07, 2022 10:05 pm | |
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NOAH REESE BISHOP
20 YO ANOREXIA&ANSIEDADE&BULIMIA NOVATO
INTERAGINDO COM CRISTOPHER NO REFEITÓRIO ——————Pensei que os problemas do passado e exteriores ao manicômio parariam de me perseguir, mas eu estava aterrorizantemente errado. Ouvir o nome daquele moço, mesmo que não fosse a intenção, fez com que a minha mente me entregasse lembranças que eu não queria. Matthew, diferentemente do que estava na minha frente agora, tinha terminado o namoro comigo por um motivo que eu ainda não tinha digerido direito. Na verdade, ainda estava entalado na minha garganta; toda vez que alguém vinha me falar alguma coisa dele na faculdade, me dava vontade de tapar os ouvidos. Eu evitava a todo custo até pensar no nome dele, tentando só deletar as memórias junto com os cacos dos meus sentimentos, mas, aí, eu ouvi de novo. De novo. “Perder o clima” com alguém era suficiente pra terminar com alguém de repente, quando estava tudo aparentemente bem? Eu não sabia, não queria saber, não queria entrar de novo em minha mente para discutir com minha moral interna se tinha sentido aquilo ou não. Já tinha gasto tempo e lágrimas demais com isso.
——————Engoli em seco, minha expressão morta numa seriedade que escondia uns sinais de raiva e tristeza contidos. Eu não fazia muita questão de esconder o que sentia, mas sabia que seria fora de questão algo sair assim, tão do nada, ainda mais com um desconhecido. Seria injusto com ele. Confirmei com a cabeça algumas vezes, lento, tentando não piorar a dor que se iniciava no fundo dela, respondendo ao que ele disse sobre ser um veterano e me orientar se eu precisasse. Será que era eu quem não tinha se dedicado o suficiente ao relacionamento…?
————————— Ainda não, mas não precisa se preocupar com isso… ——— Dei uma pausa depois de negar, sorrindo sem-graça. A pergunta sobre por que eu estava internado me pegou de surpresa. Foi bastante súbito, tanto que senti como se tivesse sido atropelado por um trem. Franzi as sobrancelhas, tentando me convencer que só o nome era igual. Não era a mesma pessoa, calma. Respirei, recuperando o ar que sentia que estava faltando para me dar um gás para responder o questionamento bruto que me foi dado.
————————— …Ansiedade. ——— Era bastante vergonhoso admitir que eu estava anoréxico e bulímico apesar de visível, estava quase num estado de negação apesar de todos à minha volta dizerem que eu estava quase parecendo um esqueleto andando por aí. Escondi e mordi o lábio, me contendo. Parecia que meu próprio corpo aceitava o fato e queria revelar, mas eu não. Ainda me enxergava como há um ano atrás, com cinco quilos a mais e com vontade de me aprimorar, ficar mais leve com a perda deles. O sentimento não saía assim como a cicatriz que o maldito, desgraçado, Matt me deixou. |
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| | | | yukizinha
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Data de inscrição : 27/11/2022
| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Qui Dez 08, 2022 7:17 pm | |
| the wires got the best of him
 I N T E R A G I N D O C O M: F E L I C I T Y N O P A T I O O mundo é bonito. Oliver também. Eu não tinha percebido como esse lugar consegue ter o seu próprio encanto — na verdade, sim, eu percebi; mas faz tanto tempo desde que parei para analisá-lo com mais cuidado que essa impressão praticamente escorreu da minha memória. As paredes estão brilhando — não como se estivesse vivendo uma alucinação ou entrando num surto psicótico — e o ambiente está cheiroso.
Oliver caminha e eu quase espero que um milhão de flores cresçam sob os pés dele, como se elas evidenciam o quão perfeito e magnífico ele é para este mundo. Para mim. Queria vê-lo mais de perto, sentí-lo com a ponta dos meus dedos, escorregar as mãos pelas suas roupas — mas não posso. Não sou digno, ainda, dessas liberdades. Ouro e dourado machucam meus olhos quando o jardim se abre no horizonte e somente eu sinto os efeitos deste fenômeno. Ninguém se altera. Até parece que o problema é comigo.
Estou seguindo o loiro, ignorando tudo como uma sombra que é tão presente e calorosa quanto o sol sobre as rochas num dia de verão. Um louco vagando e espreitando pelos corredores de um asilo é como o canto de um pássaro; comum demais para ser notado. Às vezes decido manter uma distância de pelo menos quatro metros, e nas outras mando tudo à merda. Hoje é o caso da segunda opção. Vou continuar a admirá-lo. Mas o som de mil passos ressoa no chão, fazendo minha cabeça latejar. Eu estremeço, tentando fugir da multidão, me encolhendo ainda mais — me submetendo aos caprichos de um planeta que não sabe fazer outra coisa além de abalar o equilibrio.
nãoparenãoparenãopare
nãoparenãoparenãopare
nãoparenãoparenãopare
nãoparenãoparenãopare
Um buraco abriu sob meus pés e meu corpo está despencando no chão, totalmente alheio às minhas vontades, muito próximo a mesa. Tento levantar — onde foi parar Oliver? — e a quina da madeira acaba batendo contra meu crânio. Não consigo. O planeta me submeteu à sua rotação — vejo estrelas, as vozes ficam distantes e parece que anjos vão descer e levar o que restou da minha alma. Não sei como consigo engatinhar para baixo do lençol e me juntar à divertida festa das formiguinhas sob a mesa. Elas estão subindo e picando meu braço e eu não tenho coordenação motora o suficiente para expulsar todas — bato a cabeça em meio ao pânico, ouvindo pratos e copos chacoalharem lá em cima. Fico silencioso, suporto o inferno para conseguir prestar atenção à conversa.
E então... ele está paquerando uma freira — uma mulher que nunca troquei duas palavras e somente a conheço pela convivência no hospital. Isso parte, um pouquinho, do meu coração. Destrói o meu interior como se estivesse recebendo um soco no estômago, estremece o conteúdo da minha cabeça como se vários insetos me invadissem pelos ouvidos. É horrível, não desejo, de modo algum, sentir isso; quero ser o único para o qual Oliver dirá esses flertes tão descarados. É preciso ter o meu coração, amar como eu o amo, para entendê-lo. Quero tanto que, de certa maneira, resumo minha existência a um pedido egoísta. Não consigo mudar. Sou uma decoração simples para a qual ninguém olha porque esperam que ela esteja parada em cima do armário. Mas ela caiu atrás dele. Sei que o mundo entrou em colapso. O globo está se rachando ao meio, explodindo em milhões de pedaços e estou me
q u e b r a n d o
com ele.
porfavornãoseapaixoneporumafreira
porfavornãoseapaixoneporumafreira
porfavornãoseapaixoneporumafreira
porfavornãoseapaixoneporumafreira
porfavornãoseapaixoneporumafreira.
Não posso acreditar nas frases que estão penetrando o meu cérebro. Não posso acreditar nesses sons que são traduzidos imediatamente em idiomas para que nossa espécie se comunique efetivamente. Nas palavras. Eu não acredito. Oliver pintou um quadro para a Irmã… mas nunca respondeu a nenhum dos bilhetes que lhe deixei no mural do hospital — eu senti uma ferroada como algo submerso que se arremessava para a superfície da água escura, irrompendo livre na luz. Doeu tanto. Uma mão invisível está apertando o meu coração e quer arrancá-lo da caixa, então de repente percebo que são os dedos da freira me prometendo um tormento ainda maior.
ela
me
odeia.
Pareço um adolescente no ensino médio que não dá descanso à professora de química. Sempre carrego papéis. Vários deles. E a partir do rascunho de uma carta antiga eu faço uma bolinha, como se fosse uma bigorna prestes a despencar sobre a Irmã — imagino um buraco se abrindo no cérebro dela, permitindo com que as depravações escorram junto com o seu sangue, resgatando Oliver dessa bruxa que o mantém aprisionado no seu castelo cercado por espinhos.
Levanto tão bem quanto a tontura me permite. Não consigo sentir os dedinhos do pé. É necessário sair de baixo da mesa para poder arremessar o objeto da minha frustração contra a perversa. Seu cabelo parece quase roxo à luz ambiente e a bolinha de papel é um contraste branco neste oceano de escuridão — eu jogo como se estivesse descartando o peso sob os meus sentimentos, me despindo da carga negativa de emoções que a mulher provocou. Mas não adianta e Oliver é um tolo se permitindo persuadir por qualquer coisa que ela tenha a oferecer. Os dois estão trocando quadros, flertes, namoros e rindo de mim enquanto transcrevo cada pensamento em estúpidos bilhetinhos. São uma linda história de amor. E eu não me encaixo nisso.
Devo estar correndo porque sinto as pernas queimando e tenho certeza que ainda não há evidências concretas de que a combustão espontânea seja real. Corro como se pudesse cruzar um continente, dar a volta no universo e voltar ao ponto de partida em dois segundos. Estou tão eufórico que mal percebo a violência do meu corpo se chocando com o de outra pessoa, só sinto a gravidade me puxando para o chão e martelando pregos nas minhas costas para nunca levantar outra vez. Sou um passarinho com a asa quebrada; um animal encurralado e arrancado da sua toca à força.
—— Urgh... droga... você está fazendo cosplay de parede ou o quê?
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| | | | Paith
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| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Sex Dez 09, 2022 7:37 pm | |
| ——————i wake up from my dreams
but my reality isn’t different
FELICITY WEST-HAYES
  
18 YO ESQUIZOFRENIA&TDAH NOVATAINTERAGINDO COM LAURENT NO PÁTIO ——————Tinha chegado há três dias no St. Mary e esse lugar… É macabro. Macabro! Tinham muitos espíritos rondando por ali; os mais amigáveis, Berry me contava que eram tímidos demais para se aproximarem. Os mais malvados eu ainda não tinha achado, mas os atormentados, sim. Eram muito barulhentos; reclamavam de tudo, de como esse lugar era monótono o que eu concordo! e sem alegria nenhuma. Eu, como a exorcista benfeitora que era, libertava almas perdidas para o reino do além desde que descobri meus dons únicos, porém, essas almas eram tão carregadas que meus poderes não pareciam funcionar aqui. Será que tinha a ver com um campo de força místico que estava me enfraquecendo? Certeza que foi alguma obra daquelas freiras.
——————Enquanto fazia minha pesquisa de campo secreta durante aquele dia de festividades para ver se eu finalmente conseguiria realizar um ritual para uma espírito atormentado que eu pressentia estar no pátio, procurava, também, meu único pilar que me mantinha tranquila, Berry. Ela tinha desaparecido desde mais cedo. De repente senti um corpo pesado, material, bater contra o meu. Com toda a certeza não era nenhum espírito, já que eles conseguiam atravessar tudo o que era tangível. Caí com tudo no chão do lado oposto à pessoa. Olhei o moço confusa e indignada, e fiquei mais ainda com o que ele disse– como ele ousa?
————————— Hã? Você que trombou em mim! Eu tô procurando o espírito atormentado que tá aqui! ——— Não escondi o meu nobre e real motivo do conhecimento desse mortal pela raiva, geralmente eu sempre disfarçava, apesar de eles sempre me encherem o saco por estar negando a existência deles. Que culpa tinha eu que os seres comuns não compreendem? Que tirem satisfações com eles, não comigo; eu sou só uma mera ponte entre eles, o mundo humano e o mundo espiritual, não uma moça de recados nem prova de que eles são reais! Berry! Onde você se meteu quando eu mais precisava? |
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- já foi ginasta na escola, apesar de nunca chegar a nível competitivo
- tem um diário com anotações, desenhos e rabiscos sobre suas alucinações
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| | | | Vicky
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| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Sex Dez 09, 2022 9:22 pm | |
|  Interagindo com Laurent e Felicity no pátio ———-Que ideia horrível, mas o que a gente não faz para melhorar um pouquinho a própria imagem, né? A possibilidade de apanhar é grande. O albino pode ser completamente desequilibrado e não gostar nenhum pouco que eu vá questioná-lo como se tivesse alguma moral aqui. Já me acham arrogante por ser quieto e rico, imagina agindo dessa forma? Entrando no pátio, não demoro a identificar a figura, e nem a perceber o quão enorme ele é. No mesmo instante, concluo que eu certamente vou apanhar feio se ele não gostar da minha abordagem. De longe ele não parecia tão grande e nem tão intimidante, com essa áurea sombria. O pior é que eu falei com tanta confiança que ia trazê-lo... Enfim, agora já estou aqui, então tenho que ao menos tentar. O pior que pode acontecer é levar um soco. Ou vários.
———-Paro logo atrás dele, ainda meio sem saber como entrar na conversa sem ser muito inconveniente, já que ele está conversando com uma garota. Eu abro a boca para chamá-lo, mas nada sai. Eu hesito porque parece extremamente inconveniente. Ele vai me dar um soco, eu tenho certeza. Ninguém estável sairia correndo daquela forma. Ele vai me dar um soco e essa garota vai assistir tudo de camarote e rir da minha cara. Penso mais uma vez em chamá-lo, mas em vez disso, dou duas cutucadas no ombro dele, me sentindo um inseto ridículo. Não sei se isso foi efeito dele ou o dano psicológico que aquela freira deixou em mim. —— Então… é… desculpa incomodar vocês dois, mas posso falar com você um instante? —— digo, me referindo ao albino.
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| | | | yukizinha
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| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Dom Dez 11, 2022 9:04 pm | |
| the wires got the best of him
I N T E R A G I N D O C O M: F E L I C I T Y N O P A T I O
——— E-Espírito? ——— meus olhos tentam parecer despreocupados, mas eles tem certeza de que a garota percebeu a tensão nas palavras como se eu estivesse gritando.
Mas acontece que não gosto de gritos. Não gosto de ruídos altos — não gosto do ruído dos dentes cerrando uns nos outros e dos lábios tão tensos quanto duas linhas de concreto. Só tenho coisas ruins guardadas na caixinha das minhas memórias, e elas bombardeiam a mente com cinquenta imagens de pesadelos a cada segundo que é exposta a qualquer barulho. Vejo meu pai e então vejo sua mão cobrindo toda minha existência como se pudesse resumir "Laurent" a um papel que ele dobra e guarda no bolso — uma sulfite desgastada e que levará as impressões dos punhos dele durante toda vida. É um filme horrível, uma sequência de momentos, um monte de lembranças picotadas e juntinhas igual a um amontoado de penas socadas no interior de um travesseiro.
Algo dentro do meu peito sempre esteve certo da existência desses seres sobrenaturais. Como um anzol, a ideia se meteu na cabeça e ficou lá sendo puxada sempre que pressentia o sentimento de perseguição inundar a corrente nas veias — então um peso repentino ancorou os pensamentos no chão, uma nova possibilidade que eu não tinha considerado saltou do mundo para dentro de mim como se eu não pudesse pensar nela sozinho.
Ei. Apenas mortos se comunicam com espíritos.
—— Você… você morreu? —— pergunto, colocando as mãos sobre os ombros dela, encarando os olhos castanhos e tentando entender a alma que está por trás dessa barreira marrom. Fico zilhões de anos assim. A pressão de um dedo, no entanto, me cutuca e expulsa todo oxigênio do pulmão com esse movimento; um buraco negro se abriu e está sugando absolutamente tudo para dentro dele. Espio o ombro e me sinto desmanchar nesse turbilhão negro que ganhou ainda mais força com a presença da estrela dourada para a qual meus olhos são direcionados.
Oliver está aqui e estou automaticamente hipnotizado pela beleza da sua alma antes que uma âncora de realização assassine esse transe no qual me permiti levar; droga, ele veio questionar o porquê ofendi a sua amante. Quer vingança contra o meu coração cujo único erro foi amá-lo. Ele, na verdade, quer me matar. Oliver logo estará distribuindo socos com as palavras e quebrando todas as células e meus duzentos e poucos ossos. Os músculos do meu corpo se contraem e tensionam. Não sei se consigo negar alguma coisa à ele, ainda que o preço da sua cobiça seja a minha cabeça servida e enfeitada numa bandeja dourada; sou um homem completamente dominado pela paixão como se o sentimento fosse o evangelho — mas o loiro está botando fogo em mim e nos meus bilhetes sagrados.
——— Oliver… Oliver… não se aproxime! ——— pego a primeira coisa que aparece na frente para usar como escudo, segurando os ombros da espírita desconhecida e empurrando a garota na direção do inimigo. Infelizmente ela não é o bastante para esconder uma carcaça com 1,91 de altura ——— você está bravo porque eu agredi a sua namoradinha? Bem feito! ——— digo enquanto tentava obrigar o mundo voltar a fazer sentido, piscando algumas vezes como se um farol fosse posicionado diante de mim ——— espero que vocês terminem!
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| | | | Paith
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| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Dom Dez 11, 2022 11:05 pm | |
| ——————i wake up from my dreams
but my reality isn’t different
FELICITY WEST-HAYES
18 YO ESQUIZOFRENIA&TDAH NOVATAINTERAGINDO COM LAURENT E OLIVER NO PÁTIO ——————Admirei o tom que ele usou quando ecoou o que eu disse. O medo era bastante visível, apesar de ele não demonstrar com o rosto. Era meu passatempo pessoal tentar assustar humanos comuns, mas quase nunca funcionava porque ninguém costumava acreditar em mim. Todo mundo era muito chato.
————————— Sim, espíritos! Você tem medo? ——— Vamos, não seja igual aos outros céticos que me olhavam como se eu tivesse vindo de outro planeta– o toque em meus ombros me fez acordar de meus pensamentos, me fazendo exibir mais do branco dos olhos ao abri-los mais que o necessário em surpresa, mas em dois segundos virou uma expressão de quem ouviu algo muito idiota. Morta, eu?!
————————— Não, eu estou bem viva, veja, você consegue me tocar! ——— Disfarcei o desconforto por ser encarada tão fixamente nos olhos, como se aqueles orbes cor de sangue quisessem aspirar minha alma. Aí que eu morreria mesmo, credo! ——— Eu sou exorcista, seu bobo. ——— Expliquei, um sorrisinho convencido surgindo de um dos cantos de meus lábios em confiança, mesmo que intimidada pela altura exagerada dele. O que eu não contava era com a interrupção de um segundo cara além do que já estava falando comigo, bem na hora que eu ia dizer que eu estava enfraquecida graças a um ritual daquelas freiras malvadas– os dois começaram a conversar, eu acho; não tenho tanta experiência em relações humanas, mas o albino parecia obviamente assustado já que estava ME USANDO DE ESCUDO. A cena era ridícula para alguém do meu cargo de importância na sociedade sobrenatural, um ultraje! Além da baixa estatura, eu não ia conseguir proteger ele desse jeito! Não importava que se tratava de uma briga de casal, antes de tudo eu não sou uma proteção muito boa sem meus poderes e muito menos contra um cara maior que eu e que poderia me quebrar com um só toque, que medo! Droga, eu não queria ter me envolvido nisso–
————————— Ei, ei, ei! Calma, eu não sou guarda pessoal de ninguém! Mantenham seus assuntos mortais entre vocês! ——— Tentava inutilmente me defender colocando meus próprios braços na frente do meu corpo, tentando me defender daquilo, como se eu fosse capaz de me teletransportar para outro lugar. Merda, merda de freiras! |
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| | | | Vicky
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| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Seg Dez 12, 2022 1:04 pm | |
| Interagindo com Laurent e Felicity no pátio ———-O olhar assassino me fez murchar e me afastar um passo para trás. Penso que estou prestes a ser trucidado ali mesmo, mas ele me surpreende e… usa aquela pobre garota como escudo? A cena de um cara enorme usando uma garota tão pequena de escudo fica patética. Preciso piscar algumas vezes antes de entender que ele estava usando a garota para se proteger de mim. Ou pior: estava me entregando ela, como se eu fosse um leão e precisasse me alimentar com alguma coisa para poder deixá-lo em paz. Quando ele abre a boca, a cena se torna ainda mais ridícula.
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———-Uma criança. É isso que ele é; uma criança enorme e albina. E louca.
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———-A ideia de eu estar interessado numa freira é uma coisa tão absurda e ridícula que eu quase deixo escapar uma risada, mas a preocupação faz murchar o sorriso que brotava em meu rosto. Como assim ele sabe o meu nome? Ele me conhece? E por que está tão incomodado que eu supostamente namore aquela freira em específico? Não demoro 5 segundos para fazer a ligação de uma coisa com a outra. Já entendi tudo.
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———-Ele está apaixonado por aquela freira e agora me vê como um rival.
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———-Puta merda.
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———-Me preocupo com os motivos que levaram-no a pensar isso; tanto com a possibilidade de ele ser um obcecado paranóico quanto com a possibilidade de Tobias ter feito algo questionável para virar uma ameaça e não adiantar de nada eu me defender agora. Depois daquela pintura que ele fez da freira isso me parece algo bastante provável. De jeito nenhum eu quero ter problemas por virar sem querer o rival de alguém, muito menos quando a outra pessoa interessada é um cara gigante e assustador.
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———-—— Estou bravo porque você agrediu uma freira —— corrigi, tentando desmentir a parte do "namoradinha", apesar de eu não estar bravo de fato. Ao menos não por ele ter lançado a bolinha de papel.
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———-Penso em como me defender e esclarecer essa situação, mas algo me diz que lógica não vai servir muito com esse cara. Ele me parece muito irracional e muito certo da ideia que já formou em sua cabeça. Não sei eu o quão fundo ele está na própria paranóia e nem a quantidade de motivos que Tobias pode ter dado para alimentá-las. Não sei se sequer adianta de algo lembrá-lo que freiras não podem namorar. Preciso pensar rápido, pois essa cena ridícula e os protestos da garota chamam a atenção.
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———-—— Ei! Não use uma garota desse tamanho como escudo! —— digo, segurando o pulso da garota para puxá-la em minha direção como se estivesse brincando de cabo de guerra. Talvez um método não muito apropriado e ainda mais ridículo, mas eu precisava tentar quebrar essa cena. —— Volte lá para se desculpar agora mesmo ou eu… vou namorar com aquela freira de verdade. —— minto, firme. Ergo o queixo e pisco os olhos algumas vezes, quase surpreso com minha própria mentira, mas mantenho meus olhos fixos nos do albino, desafiando-o. Sustentado a pose e a expressão de quem está sério sobre suas palavras. —— Vou me apaixonar por ela e ficar perto para protegê-la das bolinhas de papel, o que você acha disso?
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| | | | yukizinha
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| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Ter Dez 13, 2022 12:19 am | |
| the wires got the best of him
I N T E R A G I N D O C O M: N O A H N O R E F E I T Ó R I O Noah me lembra Elliott, mas não se parece em nada com ele. Nada. Não consigo controlar o caminho pelo qual meus olhos estão deslizando, as curvas nas quais se insinuam e decidem morar — um hábito que pensei estar reservado ao moreno, mas que se revela muito presente no momento em que duas esmeraldas se abrem para mim; no jeito com que Noah ergue o queixo e meu punho se fecha para evitar que escorregasse no seu cabelo — puxá-lo porque não consigo acreditar na fogueira vermelha que está queimando e brilhando acima dele. Uma voz no meu peito grita para que eu pare de tratá-lo como se pudesse um dia me pertencer por somente um segundo, está dizendo que é loucura ainda que nenhuma célula se sinta particularmente maluca por queimar desta maneira indevida.
——— Eu me preocupo, sim ——— minto, investigando a respiração dele e não encontrando nada a não ser a atmosfera habitual de um animalzinho sendo arrancado do seu esconderijo. Noah sofre com ansiedade. Mas eu não ligo pra ela — não sei para o quê estou ligando além do arco perfeito da sua cintura, na verdade. Estou descartando as palavras e soterrando elas debaixo das imagens que escorregam para o meu cérebro através de uma rachadura. É nojento e tão anormal que o meu corpo demora dois segundos até retornar à realidade a que pertence — que filho da puta. Um soco talvez exorcizasse todos esses pensamentos. Um soco sempre faz tudo voltar ao normal. ——— Vamos lá, não seja tímido. Aposto que não conhece a biblioteca. Deixe-me mostrá-la a você.
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| | | | Paith
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| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Ter Dez 13, 2022 9:17 pm | |
| ——————don't you know i'm no good for you?
i could lie and say i like it like that
NOAH REESE BISHOP
20 YO ANOREXIA&ANSIEDADE&BULIMIA NOVATOINTERAGINDO COM CRISTOPHER NO REFEITÓRIO ——————Eu podia ser mais controlado e não me sentir intimidado pela forma que ele me encarava. Podia, mas não era. Eram intensos, aqueles olhos marrons, pouco a pouco iam me fazendo sentir pequeno, menor. Ter só um pouco mais de 1,60 metro de altura não ajudava com isso. Era como se ele quisesse me devorar; só não sabia identificar se era de um jeito bom ou ruim. Totalmente diferente que o Matthew que era meu ex me olhava, que transparecia serenidade e até ternura em certos momentos.
——————A discrepância era tão gritante que o significado do nome de repente se tornou insignificante em um piscar de olhos dentro dos meus pensamentos. Até mesmo a forma com que ele dispensou minha recusa era totalmente diferente, me fazia me sentir um idiota de ter sequer pensado em compará-lo. Esse Matthew na minha frente com certeza dava outro sentido ao nome, agora eu conseguia separar, com toda a certeza que compunha o meu ser.
——————Pensei melhor sobre o convite. Sim, me convenci, seria melhor ir com ele para outro lugar, qualquer lugar que não fosse aquele refeitório. Mesmo que as enfermeiras tentassem me empanturrar mais tarde, pelo menos agora eu estaria com o peso aceitável. É; deixa para eu me preocupar com isso depois. É melhor desse jeito. Levantei e me pus em sua frente apropriadamente, a postura reta e ensaiada, porém sem olhá-lo diretamente nos olhos. Aqueles orbes ainda me eram intensos demais, como se eu fosse desmontar se ousasse olhar demais.
————————— …Vamos. ——— Mesmo que com a insegurança e ansiedade denunciadas pela hesitação e, ao mesmo tempo, me esmurrando por dentro por agir por impulso, eu precisava me distrair de alguma forma, esquecer da vilã da minha existência que era a fome. Tinha mesmo que ser bolo pro almoço de hoje, sério? Se fosse uma salada, pelo menos eu ia ter comido um pouco… talvez. |
- !!!:
infos adicionais - ISFP 6w7
- 1,62m e 45kg
- homossexual e homorromântico
- sabe ballet e dança contemporânea
- destro
- vício em diuréticos
- o cabelo é pintado, natural é castanho
- cristão evangélico
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| | | | Akemy
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| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Qua Dez 14, 2022 1:49 am | |
|    Leilin Candmione23 anos | Novata | Psicopatia | Bissexual | 1,65Interagindo com Jean Françóis | Local: Capela Eu havia chegado ali haviam 5 dias e já tinha reparado que aquele lugar não era dos mais acolhedores. Também, pudera, eu estava em um lugar cercada por malucos. Ah, como eu queria estar em casa agora tomando minha taça de champanhe e comendo uma tábua de frios. A comida aqui era péssima, além disso, as pessoas, cada uma era mais esquisita que a outra. Confesso, eu não fui das mais receptivas, mas o que eu podia fazer se a maioria que se aproximava de mim tinha um parafuso a menos, ou melhor, parafuso nenhum?! Além de tudo isso ainda sentia os olhos nojentos de enfermeiros sobre mim como se eu fosse um pedaço de carne disputado por leões. Apesar de que, fuder com alguém da instituição não seria uma má ideia. Precisava arrumar aliados ali de qualquer forma, caso contrário, tinha a impressão de que não sobreviveria por muito tempo ali.
Aqueles pensamentos tomaram conta de mim enquanto eu caminhava pelos corredores absorta em achar uma solução para este meu pequeno problema, quando algo me chamou a atenção. A capela... havia tempos em que não ia a uma e para ser sincera eu não via tanta necessidade de frequentá-la, entretanto, talvez o fato de que alguns meses antes uma freira havia me ajudado durante a rebelião na prisão tenha amolecido um pouco meu coração para esses assuntos. Ela havia sido de grande ajuda nos meses em que passei lá, e eu a tratava bem, por puro interesse obviamente, mas havia aquela pequena reação ruim em meu peito, como se eu estivesse devendo a ela, afinal, ela havia sido morta naquela rebelião, mas não era minha culpa, não, não, se ela quis se arriscar por mim o problema era dela. Eu não me importava, não mesmo. Sai sensação ruim do meu peito, eu não devo nada.
Depois de debater mentalmente e xingar aquela sensação estupida que estava tendo no meu peito, decidi entrar ali a contra gosto, apenas para que aquilo parasse e eu pudesse continuar a viver minha vida. Aquilo não era culpa, não mesmo, estava ali apenas para lhe retribuir o favor, pois tantas vezes ela havia falado para que eu frequentasse mais aqueles locais religiosos e nunca me importei em ouvi-la. Era isso, eu farei uma oração e iria sair logo dali. Meus passos eram lentos e silenciosos, sentir aqueles santos todos olhando em minha direção não era nada agradável, mas eu me ajoelhei entre os bancos, juntei minhas mãos em sinal de oração e comecei a reza. Após alguns minutos, o que me pareciam horas escutei um barulho vindo a minha frente. Abri os olhos instintivamente, quem era? Eu nunca o havia visto até o momento. O observei por alguns segundos, não sabia dizer se devia pronunciar algo ou não, ele parecia absorto em algo, ou não sei se era uma impressão minha.
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| | | | yukizinha
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| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Qua Dez 14, 2022 5:19 am | |
| the wires got the best of him
I N T E R A G I N D O C O M: N O A H N O R E F E I T Ó R I O Ele caminha e eu o devoro completamente, permitindo a quebra do pequeno fio que ainda segurava parte da minha insanidade, sentindo escorrer a malícia pelos contornos dos meus olhos castanhos, ela derramando-se sobre mim como uma cachoeira que está levando os pensamentos racionais a descerem pelo ralo.
Meus pés estão atados a pesos enquanto persigo Noah, demorando-me na tarefa de alcançá-lo, dando à minha mente tempo e oportunidade para trabalhar em obscenidades que apenas um tolo — como eu — imaginaria. Às vezes parece que consigo tocá-lo com os olhos; que estou me deslizando e sentindo a textura da pele ainda que a distância de alguns metros nos separe. É um fantasma — é o mesmo sussurro egoísta que me fez colocar as mãos no meu destino e costurá-lo junto ao de Elliot. Sou alguém que não descansa até ganhar — até consumir — as coisas pelas quais é afeiçoado.
——— É por aqui, ——— aviso, envolvendo a mão no braço de Noah e sentindo-o de uma maneira tão delicada que temi quebrá-lo caso pressionasse com força. Então, de repente, faço isso — o pressiono — e permaneço assim tempo o bastante para que o silêncio afunde e ocupe o espaço entre nós ——— No corredor à direita, vamos. ——— o som dos meus passos ecoam ao longo do piso conforme me direciono a biblioteca. Espero que os detalhes do seu toque fiquem gravados nas digitais dos meus dedos; eu vou encostá-los em Elliot e percebê-los dançando nos músculos de outra pele, adorar o modo com que junto duas coisas em uma só pessoa.
A porta da biblioteca aparece antes que eu me dê conta do quão desesperado meus batimentos se tornam. É uma loucura — uma explosão. Puxo a maçaneta e revelo ao mundo o santuário de todos os desajeitados que preferem a companhia de um livro que ao verdadeiro contato humano. São prateleiras e prateleiras preenchidas com baboseiras de auto-ajuda e outras ofensas ao intelecto de qualquer pessoa com mais que dois neurônios. Mas ninguém está prestando atenção a um bando manso de leitores — tão problemáticos quanto um sopro perto do furacão que aguarda os enfermeiros no jardim. ——— Não é bonita? ——— digo, incapaz de esconder um sorrisinho nos lábios.
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| | | | Akemy
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| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Qua Dez 14, 2022 7:49 pm | |
|    Taylor de Borgia20 anos | Veterana | Bipolaridade | Panssexual | 1,65Interagindo com Seatan L. Whistledown| Local: Corredores Caminhava pelos corredores daquele lugar a passos lentos enquanto segurava um livro nã mão e o folheava apressadamente, não me lembrava quando eu tinha ficado tão absorta num livro. A situação de Aurélia era algo absurdamente interessante. A vingança que a protagonista infringia sobre Fernando, que a rejeitara antes. Pelo menos aquele livro estava fazendo com que eu distraísse minha cabeça daqueles pensamentos deturpados que insistiam em permanecer em minha cabeça.
"Porque você não se mata?", "Ninguém sentiria sua falta", "Como uma insignificante como você ainda está nesse mundo?!".Para resumir o mínimo de coisas que eu ouvia em meu cérebro todos os dias. Aquela situação não era nada boa, mas eu tomava meus remédios, e assim que o tomava, pelo menos por algumas horas, aquelas vozes sumiam da minha cabeça, eram as únicas horas de paz que eu tinha. Confesso que gostaria de tomá-los mais vezes ao dia, mas ao mesmo tempo que a Psicóloga não me fornecia tal privilégio, nunca consegui com que outros pacientes me fornecessem. Era errado, eu sabia que sim, mas eu só queria que aquelas vozes parassem e eu faria de tudo para fazê-lo.
Porém, bem como até o momento eu não conseguia o que realmente precisava... voltamos ao livro, pelo menos aquilo era uma boa distração e o Fernando e a Aurélia poderiam me entreter por mais algum tempo. Eu não sabia ao certo quanto tempo havia ficado entre meus devaneios, mas eu estava em um lugar onde não tinha planejado. Dei um suspiro frustrada, não sabia dizer quantas vezes eu já havia feito aquilo, não sabia se eu tinha uma TDAH não diagnosticada, porque isso era bem o padrão desse tipo de transtorno. Era algo que eu teria que falar com a psicóloga na próxima sessão. Hm, quem sabe quais tipos de remédios aquele transtorno poderia me proporcionar? Talvez algum mais forte.
Enquanto pensava nos possíveis benefícios em tomar mais um remédio tarja preta eu me virei para voltar ao outro corredor e continuar meu caminho, porém, eu instantaneamente me trombei com alguém, sentindo o livro sair de minhas mãos e cair no chão, enquanto eu me afastei alguns passos. O que não era um bom sinal, vários pacientes não gostavam de contato físico, alguns surtavam só por isso. - Me desculpe... eu não te vi... - prontamente me desculpei, não queria sair com um olho roxo dali, mas minha voz foi sumindo ao eu ver de quem se tratava. Olhei-o por alguns segundos. Eu nunca tinha o visto tão de perto, geralmente eu só o observava de longe, quando estávamos no mesmo cômodo, ele era mais bonito de perto... entretanto, não sabia ao certo o que fazer a seguir, eu só esperei uma reação vinda dele, apenas.
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| | | | Paith
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| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Qui Dez 15, 2022 12:29 am | |
| ——————don't you know i'm no good for you?
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NOAH REESE BISHOP
20 YO ANOREXIA&ANSIEDADE&BULIMIA NOVATOINTERAGINDO COM CRISTOPHER NO REFEITÓRIO ——————Durante todo o percurso, um fogo paradoxalmente frio e incômodo queimava minhas costas, já que Matthew lê-se Cristopher se mantinha, por algum motivo, a uma certa distância de mim e me assistia andar. Era normal para mim por ser um pouco recluso quanto a proximidade física, principalmente de estranhos, mas agora estava sendo bastante, bastante incômodo e eu não sabia dizer ao certo a razão.
——————Meus passos quase vacilavam pela pressão estabelecida e, então, o choque dele se aproximando e pegando meu braço veio, junto de sua voz me alertando o suficiente para continuar nesse plano, antes que eu pudesse entrar em minha mente e perguntar o que raios ele estava fazendo. O olhei surpreso, estático apesar de ainda continuar a mover as pernas para andar para onde ele estava me guiando, que era a biblioteca, incapaz de sequer ter a intenção me desvencilhar.
——————O silêncio que brotou depois dele fortalecer o aperto, que me fez me encolher instintivamente, perpetuou por mais tempo que fez com que se tornasse sufocante. Estava estranho. Se não fosse pelo contato físico, eu já estaria roendo a ponta de meus dedos, dos quais as unhas já quase nem eram visíveis pela repetição do costume, a fim de aliviar essa tensão toda. Descontei-a nos lábios, porém, raspando a pele com os dentes, como se fosse fazer o barulho ensurdecedor dos passos parar de ecoar em minha cabeça como se fossem sinos de uma igreja badalando ao meio-dia diretamente em meus tímpanos.
——————Minha cabeça apagou por uns segundos em alívio quando chegamos naquele lugar lotado de livros, com poucas pessoas, que preferiram se isolar ali a ficar do lado de fora. Eu faria o mesmo, se tivesse conhecido esse lugar mais cedo. A voz do maior me causa um sobressalto e me vejo obrigado a responder:
————————— Um– uhum. É, sim. ——— Baixo, contido, como se fosse um refém sendo levado pelo sequestrador para uma saída de recompensa pelo bom comportamento depois de cinco meses preso em seu porão; era como eu concordei sobre a ambientação e refletia exatamente como eu estava me sentindo. Mas, por algum motivo, não arranjei razões para me afastar ou reclamar daquilo. Era como se algo em meu interior se sentisse confortável por ser envolvido por aquela figura masculina alta, como se me protegesse. Meu estômago tremeu por dentro por causa de um arrepio frio ao lembrar do nome da condição desse tipo de sensação em alguma conversa aleatória, era algo como, hum… Estocolmo. Mas, não, descartei; eu só estava, é– o usando para fugir da comida e, de quebra, conhecer mais do lugar. Só isso. Não tinha nada de mais. |
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| | | | Vicky
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| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Qui Dez 15, 2022 8:32 pm | |
|  Interagindo com Taylor nos corredores Minha cabeça está confusa. Não sei se consigo viver em paz depois das tantas coisas que eu descobri hoje. Todos os segredos dessa maldita instituição; os aliens, os locais proibidos, os peixes secretos… me pergunto se qualquer pessoa conseguiria viver em paz no meu lugar. Sei que só descobri essas coisas porque tenho uma missão, mas preciso descobrir o que fazer com isso tudo. As ideias correm por minha cabeça com sussurros me dizendo inúmeras coisas, mas a única que eu presto atenção é na de Luci, a única que posso confiar. Sou interrompido por alguém se chocando contra meu corpo. É a segunda invasão do meu espaço pessoal nesse dia, o que instantaneamente me coloca na defensiva. Me afasto dois passos para trás, buscando olhar para a figura à minha frente para ver de quem se tratava; uma loira. Ao menos não é Ashter — eu ficaria assustado se fosse.
“Não desculpe. É claro que ela te viu.”
A loira me encara e sei pela surpresa em seus olhos que ela está com medo de que eu surte e a ataque. Sei que é isso, porque os veteranos normalmente pensam que eu sou desequilibrado. Quero fazer exatamente isso; surtar e perguntar o porquê de ela invadir meu espaço. Mas paro, baixo meu olhar para o objeto que caiu no chão e penso, me dando conta de que provavelmente foi por acaso, pois estamos no meio do corredor e ela deixou cair um livro. Ela estava distraída. Foi tudo coincidência… Se não fosse pelo fato de que não existem coincidências. Existe algum motivo para ela ter esbarrado logo em mim. Me abaixo e pego o livro que havia caído no chão, dando uma breve pausa para analisar a capa e ver do que se tratava. Um livro que não traz nada de útil; é apenas uma distração indecente. Decepcionante.
—–— Você não devia perder tempo lendo essas coisas do mundo —–— digo, olhando torto e com desaprovação enquanto estendo o livro para devolvê-lo. Dou um longo suspiro, pois entendo imediatamente qual é o meu papel com ela; essa loira está afundada nos prazeres mundanos e precisa se reencontrar para ser salva. Esbarrar-se comigo foi o sinal de que essa é outra missão para o meu dia. Vou ficar maluco com tantas responsabilidades. —–— Um livro desse tamanho, mas aposto que nunca leu a bíblia. Estou errado? —–— pergunto, levantando o queixo enquanto a julgo.
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| | | | Akemy
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| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Qui Dez 15, 2022 9:57 pm | |
| Taylor de Borgia20 anos | Veterana | Bipolaridade | Panssexual | 1,65Interagindo com Seatan L. Whistledown| Local: Corredores Vê-lo tão de perto assim era um tanto desconcertante, nunca acreditei que estaríamos interagindo algum dia. Eu pensei em vários cenários? Claro! Mas nunca imaginei que poderiam se tornar realidade. Seus cabelos negros caindo sobre seus ombros e seus olhos, avermelhados, vivos, como eu jamais havia visto, eram de uma intensidade hipnotizante e quando ele me olhou com aquele olhar... com desprezo, senti como se meu corpo estivesse derretendo. Aquele olhar estava direcionado a mim, era uma sensação que eu não poderia descrever. Eu peguei o livro de suas mãos fazendo nossas mãos se tocarem por alguns segundos, senti um leve calor em minhas bochechas, mas não me deixei levar pelo meu frio na barriga. Um sorriso mínimo surgiu em meu rosto e me pus a responder.
- Você está errado... eu li sim a Bíblia- incontáveis vezes na verdade, mas guardei aquilo para mim. Meu pai me forçava a fazê-lo desde que eu aprendi a ler, repetidas e repetidas vezes, eu até tinha perdido a conta. Ele me açoitava quando eu "não lia da maneira certa", eu não havia cicatrizes somente em meus pulsos, talvez fosse por isso que eu tanto escondia meu corpo, para não mostrar a vergonha que eu era. Enquanto isso, meu irmão ria de mim, os dois até hoje me achavam uma pária. Desde que saí daquela casa eu nunca mais voltei a vê-los, minha mãe havia tomado providências para que isto não acontecesse. Ela era uma boa mulher, que só queria o meu bem, como ela poderia saber que para onde ela me mandaria, para onde eu deveria me cuidar e recuperar, os funcionários eram mais insanos que os próprios pacientes. Entretanto, eu tentava ser forte, tentava trazer orgulho a minha mãe e eu faria isso, somente precisava que aquelas vozes parassem.
Pensando nisso me lembrei de uma passagem que ao menos me consolava um pouco quando eu estava tendo minhas crises - "Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro" Jeremias 29:11 - falei como se recitasse um poema, aquilo estava tão intrínseco em mim que a frase saia quase instantaneamente, eu não precisava pegar a bíblia para que eu conseguisse recitar aquela frase, só não sabia ao certo se aquilo era bom ou ruim. Minha relação com Deus era um tanto complicada. Se ele era tão bom como tantos diziam, porque ele permitiu que essas coisas acontecessem comigo?
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Última edição por Akemy em Sex Dez 16, 2022 12:22 pm, editado 1 vez(es) |
| | | | Vicky
Admin
Mensagens : 88
Data de inscrição : 27/11/2022
| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Sex Dez 16, 2022 5:38 am | |
| Interagindo com Taylor nos corredores Meus olhos se iluminam ao ouvir as palavras da loira. Eu a julguei mal, mas sei que ainda assim existe algo de errado nela, pois coincidências não existem. Existe algo nela que eu tenho que consertar. É impossível não perceber que o salmo que ela recitou é claramente uma mensagem para mim. É um salmo que eu constantemente repito para mim mesmo, tentando permanecer calmo e suportar essa realidade. É uma mensagem divina vindo através dela; um sinal que eu tenho que permanecer calmo e cumprir os planos que vieram parar na minha mão. Um sinal de que ela também é um desses planos. Assim, imediatamente mudo minha postura defensiva de antes.
—–— Então por que você precisa de mim? —–— pergunto, com a testa franzida enquanto a encaro. Não a conheço, pois nunca prestei muita atenção nela. Presto atenção superficialmente em todos, mas só as pessoas que realmente parecem necessitadas e desesperadas ganham verdadeiramente a minha atenção. Então, não faço ideia do que ela precisa. Me dando conta de que ela sequer deve saber que precisava de mim, imediatamente conserto minha fala. —–— Digo… não existem coincidências. Você acredita nisso? Eu vim até você por algum motivo. —–— explico, mas fico apreensivo com a resposta dela. Discordar seria me chamar de louco. Minha expressão denuncia minha postura defensiva voltando. —–— Ou você acha que eu sou maluco?
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| | | | Akemy
Mensagens : 35
Data de inscrição : 12/12/2022
| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Sex Dez 16, 2022 12:52 pm | |
| Taylor de Borgia20 anos | Veterana | Bipolaridade | Panssexual | 1,65Interagindo com Seatan L. Whistledown| Local: Corredores Precisar dele... sim, talvez eu precisasse, mas eu não sabia em que sentido eu poderia precisar. Talvez ele fosse realmente o salvador que eu estaria procurando para mim, mas será que ele conseguiria me tirar do fundo do poço onde eu estava? Era pouco provável "para de pensar besteiras, porque ele se interessaria por você afinal? Você não tem nada de interessante, é um fracasso. Devia se matar de uma vez". Escutei aquela voz em minha cabeça enquanto ao mesmo tempo ela ria de mim. Eu tentei ignorar aquele pensamento e me concentrei no moreno. Abri e fechei a oca algumas vezes. Se ele percebesse aquelas vozes em minha cabeça, com certeza me condenaria e me acharia louca.
- Eu realmente não acho que você seja louco... você só vê o mundo de uma maneira diferente... eu te admiro por isso - aquelas palavras foram bastante sinceras. Talvez alguns olhassem para mim e se perguntariam "Está maluca? Vocês dois estão malucos, ele pensa que tem um demônio com ele!", e qual era o problema? Talvez ele realmente tivesse um, aliás haviam tantas histórias de Lúcifer tentando corromper os mais puros, talvez ele fosse um ser puro que estaria tentando alertar as pessoas dos perigos do mundo.
- Não existem coincidências... Deus sempre nos dá um propósito, não podemos escapar de nosso destino e ele quis que nos encontrássemos agora, você e eu - proferi aquelas palavras realmente acreditando nelas. Eu tinha de acreditar, se não, eu não conseguiria suportar o fato de eu ter passado por tudo aquilo. Eu precisava acreditar que aquilo tudo havia acontecido para um propósito maior e que Deus só queria meu dar uma lição, pelos meus pecados... era o que meu pai dizia, que Deus apenas permitia que eu aprendesse com meus erros e me tornasse alguém melhor. Tudo tinha um propósito para que algo melhor acontecesse comigo, eu tinha certeza disso. É... Deus havia feito com que nos trombássemos naquele corredor, naquele exato momento, ele tinha um propósito, eu sei que tinha, talvez o de me ajudar, quem sabe?
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| | | | Vicky
Admin
Mensagens : 88
Data de inscrição : 27/11/2022
| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório Sex Dez 16, 2022 10:33 pm | |
| Interagindo com Taylor nos corredores De todas as coisas que ela poderia dizer, confesso que eu não esperava nenhum pouco por essas palavras. É fácil não chamar alguém de doido na frente dele, mas deve ser a primeira vez que alguém me dá tanta validação. Que realmente acredita no que eu digo. Um sentimento novo e totalmente novo invade meu corpo; o conforto do reconhecimento. —–— Jura? —–— não posso evitar meus olhos brilhando enquanto pergunto, mantendo o meu olhar fixo nos dela. Eu a olho como se esperasse que ela de repente fosse revelar que na verdade era uma brincadeira, mas isso não acontece. Ela realmente acredita em mim. “Ou está querendo alguma coisa”
—–— Eu acredito muito nisso. Eu só preciso descobrir qual o meu propósito com você... Do que você acha que precisa? —–— pergunto, curioso. Às vezes a própria pessoa sabe essa resposta, o que facilita o meu trabalho. Em outras, a pessoa sabe e não quer ser ajudada, porque já está muito afundada no pecado, mas esse não parece ser o caso. Ela está aberta a me ouvir, o que é uma muito difícil de acontecer. —–— Você também deve ter alguma sensibilidade espiritual e por isso nós nos encontramos. —–— digo, cruzando os braços e pousando uma mão no queixo enquanto analiso a situação. Inclino a cabeça levemente para o lado, fascinado. Ainda incrédulo com tanta coincidência. —–— Isso é bem especial…
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| | Assunto: Re: Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório | |
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| | | | | | Interior (lazer e religião) — Capela, Corredores, Salão, Pátio, Biblioteca, Dormitórios e Refeitório | |
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