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 Interior (saúde e administração) — Ala médica, Consultório médico, Enfermaria e Solitária.

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yukizinha
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MensagemAssunto: Interior (saúde e administração) — Ala médica, Consultório médico, Enfermaria e Solitária.   Interior (saúde e administração) — Ala médica, Consultório médico, Enfermaria e Solitária. EmptySáb Dez 03, 2022 4:27 pm

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yukizinha
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MensagemAssunto: Re: Interior (saúde e administração) — Ala médica, Consultório médico, Enfermaria e Solitária.   Interior (saúde e administração) — Ala médica, Consultório médico, Enfermaria e Solitária. EmptyQui Jan 05, 2023 5:21 am



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I N T E R A G I N D O    C O M:    N A T H A N .    N O     E S C R I T Ó R I O


Jean cuidadosamente se serviu uma dose de whisky, assistindo o vai e vem hipnótico do líquido bronze dançar pelas beiradas do copo de vidro. Justamente quando começou a se interessar pela forma como as ondas ficavam à mercê do movimento, ele foi encerrado — um fio de cobre, no entanto, escorregou pelo gargalo da garrafa e o francês expressou seu desagrado limpando-o com um resmungo.

Ele se encontrava num estado tão profundo de exaustão que nem mesmo o vislumbre metálico da sua coleção pessoal de bebidas poderia animá-lo de alguma forma. O oxigênio úmido que impregnou as paredes brancas do seu escritório só servia para fazê-lo coçar o nariz — e o início da noite tinha um brilho de gelo que trazia desgosto ao interior de um homem facilmente irritável.

Imaginou Marie, sua esposa, profundamente adormecida nos lençóis que ela havia recebido como presente de casamento quase dez anos atrás. A memória dos cabelos castanhos e dos dois pequenos olhos de um anjinho barroco foi enfraquecendo em meio a vários quadros de recortes da sua companhia — desde o primeiro dia em que a viu, chorando na sacada da família, se queixando do irmão que só tinha interesse pelo mundo da libertinagem e que jamais esposaria uma mulher que não fosse uma prostituta com seios maiores que a cabeça; ao casamento arranjado por sua mãe, uma florista rica que não tinha nenhuma obsessão além daquelas duas que já ocupavam boa parte da sua mente: casar os filhos e costurar botões de margaridas nos casacos dos parentes — Jean-François tentou suportá-la do jeito que suportava a maioria das pessoas, mas acabou que não é muito inteligente ignorar os comentários mordazes da sua sogra quando ela segura uma frigideira como se pudesse cozinhar o mundo inteiro nela.

Ele apertou o nariz entre os dedos e tentou afastar a lembrança da dor que preencheu boa parte do seu cérebro naquela noite. Maldito sangue latino. O universo ameaçava abrir-se e engoli-lo com suas incessantes lamentações de um tempo que, com sorte, não voltará nunca mais.  Esse casamento, querendo Marie ou não, já tinha passado da validade.

Certa vez, L'esprit de L'escalier.... — ele começou, só para ser interrompido. Rudemente interrompido.

O gemido da porta congelou todo o roteiro de palavras mesquinhas que o pastor estava prestes a murmurar, dando peso à atmosfera de irritação que se espalhou tal como a eletricidade presa dentro dos cabos de energia. Mas essa estática e sua linguagem chula, que ficou quase tão palpável quanto o recipiente da sua bebida, não duraram muito tempo.  

Um garoto cujos passos faziam um som abafado quando ele caminhava entrou na linha da sua visão. Ele está aqui, Nathan. Jean tinha uma sensação vaga, porém, infalível, de que poderia encontrá-lo antes mesmo que os olhos pudessem se adequar a imagem à sua frente. Mesmo que, tecnicamente, isso nem existisse — mesmo que fosse impossível prever alguém naquele intervalo de milissegundos em que a luz é convertida e interpretada pelos glóbulos oculares humanos. Jean-François sempre se imaginou ultrapassando qualquer fenômeno e agora não tinha sido diferente.

——— Ah, ——— sussurrou, bebendo um pouco mais do copo antes de voltar a falar: ——— você toma muitas liberdades, Seawell. Eu não me lembro de tê-lo convidado ——— levantou a mão e ajeitou os óculos como se estivesse se desfazendo do fato de que parecia duas vezes mais largado do que o irmão incompetente da sua esposa. A aliança dourada havia desaparecido no segundo seguinte. Jean apontou para a cadeira à frente da mesa do escritório com o queixo ——— Sente-se. ——— e serviu uma dose ao convidado.
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Paith
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MensagemAssunto: Re: Interior (saúde e administração) — Ala médica, Consultório médico, Enfermaria e Solitária.   Interior (saúde e administração) — Ala médica, Consultório médico, Enfermaria e Solitária. EmptyQui Jan 05, 2023 8:05 am

——————
stop asking, you’re boring
don’t complicate. nothing is wrong, right?

NATHAN KENDRICK SEAWELL
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20 YO DEPRESSÃO&HIPERATIVIDADE VETERANO


INTERAGINDO COM JEAN-FRANÇOIS NO ESCRITÓRIO


——————Morto; era como queria estar toda vez que topava com seu ex-namorado, Nicodemos. Ou o mundo era fodidamente pequeno e filho da puta demais, ou era o karma brincando de pega-pega com sua sanidade, ou, na pior das hipóteses, foi tudo uma obra maléfica do destino. Não tinha qualquer outra razão para acabar internado no mesmo lugar que ele e, ainda por cima, com Léo, o cara com quem havia transado logo depois do término. Então, sim, queria morrer. Mas não só por causa disso. Pelo menos o latino, hum, brasileiro, era gente boa. Assim como a pegada que tinha.

——————Tirando toda a putaria generalizada e a torta de climão que teve durante o joguinho que foi organizado no início da noite, uma coisa estava clara: ainda nutria alguma coisa por Nico. Alguma coisa. Não sabia se era saudades, tesão, vontade de estapeá-lo até desacordá-lo ou tudo ao mesmo tempo, mas sim que existia e incomodava. Muito. Pra caralho. Contudo, estava cansado do britânico simplesmente se recusar a acreditar em si. Nathan é uma pessoa que entedia muito fácil, volátil, o próprio olho do furacão do caos e sua paciência tão curta quanto o tempo que se dispunha a ficar parado. Era questão de tempo para se entediar de toda a obsessão de Nico, também.

——————Agora, porém, se desprendia de tudo o que tinha acontecido e enterrava no fundo do sarcófago de suas memórias, num lugar que ficassem adormecidas para que não tivessem sequer a chance de sair. Concentrava-se nos passos presunçosos que dava até o escritório, no qual sabia que seu pastor favorito, Jean-François, estava. Talvez pudesse procurar um consolo, uma distração, uma aprovação, nele. Além de que, claro, a atenção e regalias que recebia dele sempre o levavam a cair em tentação aos seus pés, sem citar aquela brutalidade toda– por favor, me faça esquecê-lo, expila-o de minha mente… amém.

——————A porta rangeu mais do que esperava quando a abriu, mas, mesmo assim, invadiu a sala e com aroma de whisky primeiro com a cabeça, para se certificar de que ele estava mesmo ali dentro, depois com o resto do corpo. A expressão partiu de nula para um sorriso confortável quando fechou a via para o corredor atrás de si.

————————— Bonsoir, mon amour (Boa noite, meu amor) ——— A naturalidade e brincadeira que compunha o tom que usou deixava claro que estava provocando, de modo sutil. Tinha, também, um quê de carinho ali. O apreciava, mesmo que sempre parecesse tão ranzinza e cansado quanto agora. A rudeza foi ignorada interna, mas externamente Nathan fingiu ofensa, colocou a mão no próprio peito e, teatral, expressou uma surpresa indignada.

————————— Aw, não posso mais sentir sua falta e te visitar? ——— A dor na voz, exageradamente fingida, morreu quando o ar em forma de riso escapou seus lábios, relaxando as mãos dentro dos bolsos da calça. Pôs-se a andar uns metros, sentindo a textura do piso diretamente nas solas nuas dos pés. Quando no interior do prédio, se recusava a usar sapatos, assim como era na maioria do tempo com os óculos, mas agora era uma exceção para estes, já que queria evitar que a enxaqueca o incomodasse. Encarar o pastor através das lentes lhe proporcionava uma sensação de clareza, limpidez, apesar dele ainda parecer um borrão de incógnitas. Menos borrão, mais incógnita.

——————A ordem o fez arquear a sobrancelha, já que não fazia parte de seus planos se sentar em sua frente como se fosse um convidado qualquer. Desacatando, esperou de pé a dose da alcoólica ser servida para se apossar do copo com a canhota e esvaziá-lo de uma vez só, o corpo estremecendo pela intensidade que aquilo desceu rasgando. A bebida era forte, mas aguentou. Tirando a breve careta que fez, manteve a postura e devolveu o copo à mesa, o olhar fixo em Jean, deixando bem claro que estava fazendo o que bem entendesse, mesmo que não tivesse poder nenhum ali. Era um joguinho perigoso que adorava jogar, com mais frequência que sua própria segurança pudesse sustentar.

——————Se aproximou mais, pela direita, ficando ao lado, depois atrás dele e, então, levantou os braços para abraçá-lo por cima dos ombros, a diferença de altura sendo invertida pelo fato de o maior estar sentado. Nathan mordeu o lábio inferior, deixando transparecer o desejo que sentia, implorando para ser domado.

————————— 'Cê sentiu minha falta também? ——— Quebrou uma enésima barreira ao se aproximar de sua orelha para lhe sussurrar a pergunta, se rendendo à vontade de lamber o lóbulo. O objetivo era sempre empurrar o pastor e a si até o limite e sabia que ele não o decepcionaria, a presunção reforçada pela aliança descartada. Ah, sentia que ele estava tão em suas mãos, mas tão inalcançável ao mesmo tempo. O atraia bem mais do que conseguia resistir.

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yukizinha
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MensagemAssunto: Re: Interior (saúde e administração) — Ala médica, Consultório médico, Enfermaria e Solitária.   Interior (saúde e administração) — Ala médica, Consultório médico, Enfermaria e Solitária. EmptySáb Jan 07, 2023 1:42 am



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O advertia de modo que a dinâmica de um adulto franzindo o cenho para uma criança problemática se instalasse com perfeição na atmosfera. ——— Fique a vontade para fazer o que quiser. Não é como se fizesse o contrário disso, mesmo. ——— disse, sentindo o fantasma da língua francesa aninhar-se em seus ouvidos de forma quase sobrenatural. Só faltou devorá-lo enquanto encarava-o bebendo a dose que foi servida.

Não sabia porque ele; o loiro arrogante, de todas as pessoas — de todos que já serviram neste escritório e tiveram o mesmo roteiro de eventos que Nathan, o fascinou. Alguma coisa aconteceu — de um jeito que não sobra espaço para um filósofo tentar arranjar uma explicação; de uma forma que não dá ao universo outro catalisador além do destino. Jean o encurralou com amarras de ferros e Nathan levou de bom grado os punhos ao instrumento que iria aprisioná-lo.

O pastor sentiu os pelos da nuca quando sua orelha foi beijada graças à uma  ousadia que dificilmente abandonaria o corpo do loiro. Jean cravou os dedos no braço do garoto, puxando-o sem nenhuma delicadeza para seu colo. Os olhos de Nathan são como turquesas penduradas nos buracos onde deveriam ficar as  órbitas, duas pedrinhas brilhantes e azuis que tem o poder de ofuscar qualquer coisa que estejam ao redor delas. Ele tinha uma frieza agradável de alguém que caminhou por alguns minutos no escuro da noite; um choque de sensações atravessou a pele do pastor no momento em que ele decidiu traçar o interior da camisa do menino com as mãos, uma familiaridade bem-vinda encheu o seu peito, memórias voltando à tona e dando uma resposta ao porquê Jean tolerava um comportamento tão ousado.

——— Você fica bem de óculos. ——— disse, contradizendo a própria frase no instante que apanhou o objeto com uma pincelada, refletindo o cuidado que veio aperfeiçoando ao longo dos anos para alcançar as armações dos óculos sem borrar as lentes, colocando-o na mesa.

A certeza de que o mundo não é uma coisa nítida e perfeitamente clara para as turquesas no rosto dele é, de certa forma, aconchegante; deliciosa — como mergulhar centenas de metros num poço através do gelo sólido, alcançar certos segredos que ninguém nunca soube sob a camada fina daquela agua congelada e atear fogo em tudo após essa visita; a dádiva de privar o conhecimento do restante da humanidade e recolhê-lo só para si.

Deixou que o silêncio envolvesse alguns minutos, perturbando a paz da inércia ao esticar os dedos para tocar-lhe os fios dourados, olhando-o como se tudo nele fosse fascinante demais e não pudesse permitir que nenhum detalhe escapasse de uma avaliação minuciosa. Mas o fascínio foi assassinado pela malícia que crescia como uma arvore no meio do seu estômago, espalhando ramificações ao restante do corpo, sobrepujando aqueles instantes em que ele jurou que havia algum carinho com o peso firme do seu desejo.

Jean roçou os seus lábios aos lábios do garoto, apenas para desviar e afundar um pouco mais o rosto, em direção a curva do pescoço pálido.  

——— Por que você não fica por cima hoje? ——— sussurrou, as mãos se encaixando como peças de quebra-cabeças no quadril dele, encontrando uma espécie de conforto na maneira com que dois corpos conseguem ter uma sintonia sobrenatural um com o outro, sentindo a pressão trabalhando em conjunto com a posição do loiro sobre seu colo e acentuando um contato indecente, ainda que completamente vestidos.
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MensagemAssunto: Re: Interior (saúde e administração) — Ala médica, Consultório médico, Enfermaria e Solitária.   Interior (saúde e administração) — Ala médica, Consultório médico, Enfermaria e Solitária. EmptyTer Jan 10, 2023 2:35 am



if loves a sweet passion
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I N T E R A G I N D O    C O M:    S A E T A N .    N A     E N  F E R M A R I A


Ah, como eu o amava. Romeo Saetan, nos meus braços, rindo comigo sobre como sua mãe negligente e meu pai ensandecido iam cair mortos pelo choque do que havíamos feito na última lua cheia. Como suas mãos tornam os sonhos de Julieta Amethyst realidade ao se infiltrarem nos segredos mais profundos de uma garota, fazendo de mim uma serva dos seus desejos mais perversos, criando magia pura a partir do meu corpo e ouvindo-me como um compositor escuta os primeiros gritos da sua partitura... eu o ouvi dizer...  

——— Chupe minhas bolas, linda donzela ——— disse, suspirando junto com o movimento da página ao virar o capítulo, dando voltas na cadeira giratória onde sentava. Deve ser a 500º vez que releio o momento em que a mocinha cede à  ultima fantasia sexual do seu amado — ambos estão prometido à morte algumas cenas depois então é seguro dizer que ao menos eles aproveitaram as horas de tranquilidade como ninguém.

É no mínimo ousado associar a bondade de Julieta à feição de pedra da irmã Amethyst, para a qual passo muito tempo — muito, muito, muito tempo — encarando durante os cultos na capela. Mas acontece que o universo clama um pouquinho de ousadia a cada vez que esculpe um rostinho de porcelana no rosto de uma mulher com o coração mais duro do que o banco da capela — a cada vez que permite o ar condicionado da enfermagem afundar nas células do meu corpo e congelar até os meus dedinhos do pé; porque aí, meu caro, não espere muita racionalidade de um homem congelando vivo.

O nome Saetan vêm à mente junto com as papeladas das medicações que o paciente faz uso. As folhas se moldam perfeitamente aos dedos como se não quisessem a segurança de mais ninguém; as instruções passam tão rapidamente pelo óculos que um reflexo efêmero de parágrafos e letras invertidas ficam estampados por um segundo nas lentes.

——— Aqui, ——— digo, estendendo a mão no ar como se tivesse dado conta somente agora da presença do garoto de olhos vermelhos; ainda que o nome dele marcado sobre os protagonistas dos meus livros eróticos fosse um hábito meio frequente do meu pulso destro ——— engole e mostre a língua ——— impulsiono o pé com a cadeira, cruzando os braços, girando duas vezes e olhando a frieza da parede ——— Oh não, que descuidado. Estou, de repente, encantados pelos azulejos... e se alguém cuspir a medicação tomando vantagem disso, da minha paixão secreta por esse padrão esquisito de cerâmica? Ah, seria, realmente, problemático.
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MensagemAssunto: Re: Interior (saúde e administração) — Ala médica, Consultório médico, Enfermaria e Solitária.   Interior (saúde e administração) — Ala médica, Consultório médico, Enfermaria e Solitária. EmptyTer Jan 10, 2023 4:57 am

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INTERAGINDO COM JEAN-FRANÇOIS NO ESCRITÓRIO



——————Não ter a pergunta respondida com certeza teria frustrado Nathan, se fosse só isso que tivesse acontecido, porém a surpresa de ter sido puxado para o colo do pastor o distraiu o suficiente, junto com o ego amaciado pela permissão que não permitia nada, só confirmava, na verdade de fazer o que quisesse. Pois é, começou a mente, o que uma boa moeda de troca não faz? Talvez tirá-lo desse manicômio, o que parecia que não ia acontecer nunca, nem se desse pra toda staff daquele lugar. Merda.

——————Sabia muito bem, por dentro, que tinha capturado a atenção de Jean, só pelo jeito que os orbes castanhos o encaravam. Não fez de propósito nem tinha um plano extremamente elaborado por trás, só aconteceu; só estava se aproveitando disso, vendo até onde ia. Até certo ponto, porém. De uns tempos pra cá se pegou pensando sobre a relação com o homem cuja mão agora invadia a pele por debaixo de sua camisa, lhe causando pequenos arrepios.

——————Era um pouco estranho, sentia que estavam bastante próximos mas ao mesmo tempo não; sem citar que era uma vadia por sua própria liberdade, ainda mais com certa imunidade para causar quanta confusão quisesse. Porra, era só questão de tempo para se sentir apegado a ele. Também estava pouco se fodendo que ele era casado; normalmente não se envolveria, mas se não tinha chance de serem pegos… e era ele, o Jean, em primeiro lugar. Se a mulher não conseguia segurar, problema dela.

——————O pastor exercitava sua hipocrisia no momento em que roubava seus óculos, depois de ter dito que ficava bem com eles. Sorriu torto pelo paralelo, já fez a mesma coisa com ele quando se viram pela primeira vez. Ao invés de questioná-lo, apenas forçou a visão a se acostumar a ficar embaçada novamente, levando a suposição de que ele tinha feito isso só para lhe deixar mais vulnerável ou algo do tipo.

————————— ‘Brigado. ——— Soprou a frase de modo íntimo e deixou o silêncio se instalar. Por mais que não fosse fã de ambientes quietos, agora era diferente; sentia que o tempo tinha parado o suficiente para observá-lo, analisar seu rosto enquanto firmava os braços ao redor do pescoço, abraçando sem intenções por trás, aproveitando a exclusividade da atenção e carícia nos cabelos que estava recebendo. Se pudesse escolher ficar ali o tempo todo, ficaria.

——————A aproximação que insinuou um beijo e que revelou ser só a intenção de ele esconder o rosto na curva de seu pescoço. O calor da respiração pesada que sentia era mais que prova de que Jean-François havia o provocado de propósito podia até não ser, mas pouco importava de verdade por sua própria excitação.

——————Mordeu o lábio mediante a sugestão que escutou. Gostava de ficar por cima, mas não era do feitio dele deixá-lo. Na verdade, sequer se lembrava se algum dia tinha ficado assim com ele, o que o levou a soltar, antes de sequer pensar:

————————— Então… ——— Deslizou a mão pelos fios que pareciam ter um tom de castanho peculiar e apertou os dedos contra eles, os puxando sem de fato tirá-lo da posição que estava ——— ... você finalmente vai me chupar? ——— Tinha a noção que não, mas não custava nada tentar, além de que, só de imaginar a cena, ficou duro. Riu pelo nariz e, abusado como sempre, mexeu o quadril contra a virilha dele, a fim de sentir o volume que sabia que tinha ali, pressionando só pelo prazer de instigá-lo. Era a primeira vez que pedia ou sugeria algo assim. Não sabia o que podia vir dele e era deliciosa a ansiedade que isso lhe causava.

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Vicky
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MensagemAssunto: Re: Interior (saúde e administração) — Ala médica, Consultório médico, Enfermaria e Solitária.   Interior (saúde e administração) — Ala médica, Consultório médico, Enfermaria e Solitária. EmptyQua Jan 11, 2023 5:14 am

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Interagindo com Mariani na enfermaria

Estou muito longe de ser um anjo, mas o que os remédios me fazem é equivalente a cortar as asas de um anjo; retiram meu bem mais precioso, aquele que me torna único. Os remédios calam quase que totalmente às vozes, mas ainda assim seria muito idealismo dizer que me tornam uma pessoa normal e funcional. É claro que não é uma coisa totalmente ruim, visto que ter um dom é algo extremamente cansativo; além da voz de Luci, há também inúmeras outras sussurrando coisas totalmente diferentes. A de Luci também não é sempre a mais confiável, visto que ele tem sua própria forma de pensar. Na verdade, às vezes nem sequer consigo diferenciar a voz dos meus próprios pensamentos das outras vozes.

Não julgo as pessoas que temem o desconhecido, mas não posso deixá-las tomarem as atitudes erradas pelos motivos que acham ser o certo. Pelo menos não quando sou eu quem paga as consequências. Toda vez que me livro secretamente da medicação é, na verdade, um favor. É só por cuspi-la que consigo ser útil aqui dentro, denunciando cada irregularidade — cuja lista é gigantesca — que vejo e fazendo as coisas que tenho que fazer para compensar o fato de ser filho de Satanás. É um segredo, porque por mais que meu trabalho seja útil, ninguém aqui admitiria que abandonar o tratamento vale o risco. Não os culpo. É normal que as pessoas não estejam preparadas para lidar com o que não entendem.

No entanto, continua sendo desagradável ter que ir todo dia para esta sala gelada e ter que fingir que o método do hospital está certo. É incômodo; a verdade se revira e luta em meu estômago implorando para se libertar, mas eu não permito. Aprendi minha lição há tempos e não vou insistir nesse erro novamente. Escolho me focar na parte realmente importante e deixo que a verdade sobre os remédios chegue no coração de todos na hora certa. Todos aqui apenas seguem as regras — o que é o esperado de profissionais e de pessoas de fé — e estão muito presos no modo com que as coisas sempre funcionaram. Até mesmo sendo ruim para mim, isso continua tendo sua beleza; são pessoas fiéis seguindo o que aprendem ser o certo. Contudo, a criatura obscena à minha frente quebra todas as minhas expectativas de um frei.

——— Jesus… ——— murmurei, usando um tom tão caído e incrédulo quanto minha expressão enquanto o observava com os braços cruzados. Tudo me incomoda; a boca suja, o quão distante ele parece estar mesmo estando consideravelmente perto, o descaso com o trabalho, o desleixo em todos os detalhes que eu vejo… É impossível não julgá-lo. Julgo muitos funcionários daqui o tempo todo — muito mais do que eu gostaria —, mas esse tem um mau comportamento que se destaca. Apesar de tudo, tenho que obedecê-lo e engolir minhas críticas, porque ele ainda é o responsável por minha maldita medicação no momento.

É um louco — eu concluo, me livrando da medicação tão rápido quanto meu raciocínio me permite após alguns segundos processando o ocorrido. As palavras são tão absurdas que certamente ninguém esperaria ouvi-las vindo de alguém responsável por uma tarefa tão importante. No entanto, diferente de muitos doidos que habitam este lugar, esse tem uma loucura que é uma coisa útil. ——— Eu gosto dele. ——— Luci disse, parecendo animado. Mas mesmo ele tendo feito algo bom para mim, não posso negar que tem algo de profundamente errado nisso. Não é normal um demônio aprovar um frei, muito menos agir dessa forma.

É o único frei possuído que já conheci na minha vida. Não tive escolha; meu corpo agiu sozinho quando andou em sua direção e inclinou-se, me obrigando a me curvar levemente para alcançar sua cabeça com a mão e agarrá-la como se estivesse segurando uma bola de basquete. Não resisto, pois é o papel que eu preciso cumprir. ——— Você obviamente precisa de ajuda. ——— expliquei, aumentando a firmeza dos meus dedos como se não quisesse deixá-lo escapar, mas sem ser agressivo. ——— Não que eu esteja reclamando do seu interesse pelos azulejos… ——— digo, com meu tom incisivo se amansando pela confusão interna. Minha moral havia se dividido e estava em uma briga intensa dentro da minha cabeça. O demônio no corpo dele me seria bem útil, mas tenho certeza que é um teste. E com muita dor, escolho ser firme. ——— Adjure te, spiritus nequissime, per Deum omnipotentem ——— começo em latim, preparado para exorcizar o demônio desse corpo.
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