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Vicky
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MensagemAssunto: [Vicky] bbcodes   [Vicky] bbcodes EmptySex Dez 02, 2022 9:04 pm

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Interagindo com Nicodemos no Hotel

——— Você bateu em alguém que te irritou. ——— ele repetiu, sorrindo. Foi nitidamente uma afirmação, mas a intenção no fundo daqueles neurônios que não estavam a pleno funcionamento no momento era de fazer ser uma pergunta. A naturalidade do rapaz de olhos escuros deixou uma impressão engraçada, como se fosse absurdo demais para acontecer, mas ao mesmo tempo totalmente possível. Quer dizer, isso era uma coisa que o ghostface faria, não é? Talvez fosse essa a piada e ele não entendeu porque não assiste filmes de terror.

Quase choramingou ao ser afastado do conforto em que estava quase se desmanchando, mas o rosto se iluminou com a palavra “doces”. Só processou o resto da fala depois de alguns instantes, e então assentiu com a cabeça, com os olhos brilhando. Ele certamente devia ser um anjo ou alguma criatura mágica concedendo todos os desejos de Henry. A sensação é que estava caminhando direto para o paraíso por um caminho leve e lindo, praticamente guiando o outro de tanta empolgação, embora ele devesse estar seguindo. Demorou para perceber o pequeno incidente com uma garota logo ao lado. Na verdade, nem sequer entendeu o que aconteceu direito, mas ficou meio chocado com o desenrolar da situação e franziu a testa, descontente. Calado, Henry apenas agarrou o pulso dele para guiá-lo para fora dali.

Deu-se conta de que talvez a fala anterior não era uma brincadeira, então. Fitou os olhos escuros como se estivesse à espera de alguma explicação, mas esqueceu-se de tudo no momento em que viu o brigadeiro na mão dele. Apesar de estar se sentindo muito à vontade, uma pequena onda de timidez o atingiu quando teve o doce pressionado contra seus lábios bem na frente de todo mundo. Obviamente, nem mesmo estando drogado Henry Blythe recusaria algum doce. Depois de morder, os olhos instintivamente conferiram os arredores, mas a timidez se dissipou tão rápido quanto veio. Pensou que eles deveriam estar parecendo namorados, o que era bem legal. Nunca teve um namorado antes. Isso é descolado.

É claro que ele quis fazer a mesma coisa e pegou um beijinho sobre a mesa — internamente se divertindo ao perceber o contraste das cores — e então pressionou contra os lábios à sua frente. Ele pegou outro beijinho e olhou casualmente para seu entorno, com a mente meio distante, não conseguindo prestar atenção em nada em específico até que os olhos se cruzaram com um par de olhos já muito bem conhecidos. Como se um raio atingisse o peito, o ar fugiu brevemente de seus pulmões e a eletricidade disparou por seu corpo, expulsando todo o peso e o conforto que quase o derrubavam até então. Lucidez era uma palavra muito forte, mas certamente uma onda de claridade atingiu sua mente.

——— Ah, que droga… ——— murmurou, se virando de costas. Ele enfiou um doce na boca com o mesmo desespero de quem estava se livrando da prova de um crime e se agachou rapidamente, saindo da vista da pessoa que tinha identificado logo à frente. A mesa bloqueava a visão, mas talvez não adiantasse muito já que o olhar dos dois já tinham feito contato. No instante seguinte, percebeu que só ele teve esse instinto, pois aquele par de olhos só disparava um alerta nele próprio. Um gótico não intimidava o outro. Não tinha pensado nisso. ——— Rápido, vem pra cá! ——— ele agarrou e puxou o pulso do projeto de ghostface com uma certa urgência, obrigando-o a se agachar também.

——— Não quero ver ela. Ela é minha… ——— houve uma pausa; o momento em que ele percebeu que na verdade ela não era nada dele. Sequer se sentia no direito de se referir a ela como uma "ficante", já que a única vez que a beijou, terminou com Rory o expulsando de casa logo depois com bastante grosseria, largando-o sem rumo nenhum depois de uma cena ridícula pelo medo da escuridão repentina causada por aquelas malditas luzes automáticas. ——— …ex-paixonite.
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Última edição por Vicky em Ter Fev 21, 2023 10:00 pm, editado 124 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [Vicky] bbcodes   [Vicky] bbcodes EmptySex Dez 02, 2022 9:17 pm

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Interagindo com Simon e Konstantin no Hotel

Dominique escolheu ser paciente — ainda que do jeito bastante questionável dele — buscando priorizar manter o clima com o russo, mas qualquer paciência tinha acabado de ser arremessada no lixo a partir do momento que Simon ultrapassou todos os limites possíveis da insolência. Era nítido pela postura despreocupada que ele mantinha até então que jamais esperaria uma coragem tão estúpida daquele loiro frangote. O espanto foi seguido pela sensação ardente da humilhação e um novo tipo de vermelho ganhou vida no rosto do ruivo, revelando um tom tão intenso quanto a queimação da raiva em seu interior — e que se tornou o verdadeiro fogo do inferno quando ouviu as risadinhas contidas vindo de pessoas próximas à cena, fazendo a raiva se espalhar como fogo em um rastro de pólvora.

O olhar duro que lançou para Kostya parecia ameaçar transbordar a fúria, mas com alguma represa velha e invisível tentando conter o desastre — coisa que ele sabia que se explodiria logo no momento seguinte, então buscou qualquer coisa nos olhos cor-de-mel do russo: aprovação, que ele entendesse o que viria a seguir, que o gelo pudesse enfraquecer a força fogo, quem sabe pudesse roubar um pouco daquele autocontrole que Kostya demonstrava ter tanto domínio… Qualquer coisa. Mas ainda assim, nenhum pensamento em sua cabeça tentou combater a necessidade que sentia em ensinar uma lição para aquela criança loira e crescida que Simon se tornou, então Dominique descobriu ter o espírito de um pai à moda antiga e ser completamente descrente quanto à eficiência do conselho tutelar.

——— Chega, sua peste ——— e, tão rápido quanto pôde, arrancou aquele bastão ridículo da mão do loiro e atirou-o para longe no chão. Canalizou toda a raiva para a força que usava para segurá-lo pela gola da roupa. Queria destruir o aspecto naturalmente ingênuo e gentil daquele rosto, puxar a linha solta da arrogância até abri-lo no meio, desmanchá-lo até expor os medos mais profundos; as partes sórdidas, secretas e imperfeitas. Queria quebrá-lo e torná-lo uma coisinha pequena e assustada; que o rosado das bochechas fosse substituído por um tom roxo e dolorido que impedisse o surgimento de qualquer um daqueles malditos sorrisos tão brilhantes e inocentes que lhe dava nos nervos. Queria vê-lo engolir a própria arrogância e se arrepender por ter tido coragem uma vez na vida.

Saber que ali não era o melhor ambiente para quebrar aquela maldita carinha bonita era a única coisa que segurava os impulsos que ardiam para sair. A frieza no modo agressivo como saiu arrastando Simon sem ter cuidado algum era algo inevitável e necessário para que não explodisse de uma vez. O olhar buscou a direção do banheiro, mas a presença de um azul distante na visão periférica roubou sua atenção e fez uma centelha iluminar a mente. Associou a cor à lembrança de um certo acontecido num acampamento de verão e um sorriso maldoso deslizou no canto dos lábios. Foi como se o destino tivesse lhe entregado de bandeja uma solução simples, eficiente e com a pitada irônica da nostalgia para melhorar o sabor do momento. Nenhuma pessoa pelo caminho pareceu relevante, tudo que importava era o cheiro do cloro que ele seguia feito um cão de caça.

——— Acho que você tá precisando refrescar o juízo, Sutherland ——— disse, carregado de cinismo, e logo após arrastou Simon para sua frente com destreza, como se não estivesse fazendo mais do que obrigando uma criança rebelde a entrar no banho. A mão subiu de forma brusca pela nuca, entrando e agarrando os fios loiros enquanto a outra mais parecia querer estrangulá-lo quando segurou mais forte a parte de trás da gola para empurrá-lo até perto do limite da borda da piscina. ——— A vagabunda da sua mãe não te ensinou a ter educação? Pois bem, eu resolvo isso por ela. Vamos. Peça desculpas. ——— o ênfase na ordem também se fez presente na grosseria que a acompanhou; um aperto na mão entre os fios loiros, puxando a cabeça para trás enquanto usava o joelho para forçá-lo ainda mais para o limite. Conseguia sentir a própria irritação ardendo na garganta enquanto tentava segurar a vontade de simplesmente atirá-lo logo na piscina. ——— Ou morra afogado de novo. Você escolhe.
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Última edição por Vicky em Seg Mar 27, 2023 12:22 pm, editado 223 vez(es)
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MensagemAssunto: Oliver   [Vicky] bbcodes EmptySex Dez 02, 2022 9:34 pm

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Interagindo com Maxine na entrada do Hotel

O dia não poderia ser mais feliz e brilhante. A ameaça me afeta tanto quanto o toque de um fantasma e um sorriso enorme ilumina meu rosto. Ainda que eu ganhasse um soco por isso, saber que Maxine apanhou certamente deixa meu dia melhor. O estranho gentil — cujo nome já não me lembro — que passou 30 minutos ouvindo minhas lamentações e oferecendo todo tipo de bebida que eu nunca tinha experimentado retorna e se introduz na cena de modo que nossa atenção é imediatamente desviada para ele. Dou-me conta do quão inconveniente Maxine estava sendo em ter roubado minha atenção, se tornando pior ainda depois de ter tido a audácia de tratar meu ouvinte como se ele fosse o invasor aqui.

——— Não seja intrometido ——— repreendi Maxine. Enxergo ele como algo semelhante a um cachorro tentando revirar o lixo que acabei de colocar para fora no momento em que faço um sinal com a mão para mandá-lo ir embora. É uma coisinha inconveniente invadindo meu espaço. O estranho começa a distorcer a história e a confusão que adornou minha face rapidamente se dissipa com o toque em meu ombro, quando uma conclusão pipoca em minha mente: Ele está tentando me salvar de Maxine. Mesmo sem eu ter pedido. É tão gentil e surpreendente que uma onda de gratidão se derrete em meu peito e suaviza a estranheza no rosto. Joseph, Joe, Jeredy… Tenho certeza que era J-alguma-coisa... Seja qual fosse seu nome, ele era mesmo uma boa pessoa.

Me sinto completamente seguro quando olho para Maxine e nenhuma preocupação a respeito dele pesa em meu ser. Alimentei o olhar confiante de “dê o fora” que o homem também lançava para ele e ao mesmo tempo levei os dedos para me desvencilhar sutilmente da mão que o homem desceu para agarrar meu pulso com propriedade demais, tomando-me da mesma forma que uma criança toma um brinquedo da outra. É uma sensação estranha, embora eu estivesse protegido. Não consigo enxergar nenhuma outra razão para Maxine continuar aqui, mas parece que ele chegou à conclusão contrária. ——— …O quê?! ——— o espanto é desagradável e engole as outras palavras que quiseram imediatamente desmentir as coisas nojentas que saíram da boca dele. Me sento mudo, indignado, e o banquinho é a única coisa que me mantém firme enquanto tudo ainda gira ao meu redor. "Ele não é tão idiota", diz o estranho, cego demais para ver o óbvio. Mal tenho tempo de dizer que sim, ele era e o próprio Maxine faz questão de mostrar-lhe isso.

——— Só pode ser brincadeira… ——— resmunguei, assistindo os dois com desaprovação. Não pensei duas vezes e rapidamente peguei o celular que ele deixou sob minha responsabilidade para filmá-lo na briguinha patética que ele estava causando. Nada era muito nítido, mas a cor inconfundível da mancha rosa foi o caminho que imediatamente chamou meus dedos e eu apenas segui e arrastei para o lado. A briga, ao menos quando assistida pela tela do celular, sequer parecia estar acontecendo logo à minha frente. ——— Ouch. Essa deve ter doído… ——— comentei comigo mesmo, assistindo imerso feito um fã de MMA. Tenho certeza que quem assistisse os stories dele hoje iria me agradecer pela boa filmagem.

Pareceu um pouco mais sério quando os seguranças começaram a se amontoar para separar os dois e a leve onda de consciência me fez abaixar o celular. Protestei para que eles não atrapalhassem e então fui expulso junto. Nem mesmo a nuvem leve e branca em minha mente pôde evitar que uma onda de humilhação me alcançasse. É duas vezes pior ser expulso junto a alguém tão desprezível. Maxine tem a audácia de chamar o homem de fracassado e meu desagrado com isso fica estampado no olhar feio que lancei para ele. Meu Deus, ele realmente não consegue se enxergar! ——— Não sei, pelo visto eu pulo de fracasso em fracasso ——— respondo, referindo-me a ele e a sua mão imunda em meu braço. A mão que odeio que esteja me tocando, mas que não relutei para me afastar devido a falta de equilíbrio que havia se apossado das pernas.

——— Por que é que você fez aquilo? Ele só estava tentando ser legal. Cruzes! Não precisava agir igual uma besta descontrolada ——— reclamo, ainda que me forçando a andar para evitar o chute. Por um momento, não sei se é a visão que está confusa ou se meu corpo está tombando para o lado, mas sinto o ombro pressionar contra o de Maxine. Conserto os óculos antes de olhar para ele e só enxergo aquela bagunça vermelha vazando. ——— Cristo, você está um nojo ——— o desagrado é tão sincero na voz quanto em meu rosto, no franzir das sobrancelhas. ——— E agora? Eu ia embora com meu irmão ——— lamentei, olhando a porta por onde acabamos de ser expulsos e perguntando-me o que aconteceria se eu tentasse voltar.
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Última edição por Vicky em Sex Mar 24, 2023 12:56 am, editado 115 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [Vicky] bbcodes   [Vicky] bbcodes EmptySex Dez 02, 2022 9:39 pm

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Interagindo com Mathias na estrada próxima à praia

A praia, apesar de estranha, é um dos melhores lugares dessa cidade. É diferente da praça; a terra é estranhamente fofa, as águas são agitadas e salgadas, tem cheiro de liberdade e é possível encontrar inúmeros tesouros só na areia. Isso sem falar no potencial de comida que dá pra arranjar se quiser brigar com as ondas. Dá vontade de se perder por ela, sem precisar buscar nada em específico. O único problema são as pessoas, mas a noite espanta praticamente todas elas e podemos ser só eu e Jude. Eu gosto disso. Não gosto dos desconhecidos e nem daqueles que se dizem parte da família, mas que não se parecem em nada conosco.

Apesar de todos os tesouros da praia, é uma coisinha pequena e brilhante que rouba minha atenção: um vaga-lume. Não é útil e nem serve de alimento, mas é uma criaturinha tão magnífica e impressionante que eu não posso evitar ao menos querer tê-la em minhas mãos por um momento, como se para confirmar que algo lindo e brilhante assim é mesmo real. O brilho me encanta de forma que mal presto atenção no caminho, mas algo que brilha muito mais forte que o vaga-lume rouba minha atenção quando percebo a proximidade.

É um carro — uma daquelas geringonças de metal que as pessoas usam para andar porque, por algum motivo, não gostam de usar os pés. Eles normalmente desviam e fogem de mim, mas talvez eu não tenha parecido intimidador o suficiente agora, porque esse não parece ter intenção alguma de desviar. Só tenho tempo de prender a respiração e o barulho da batida ressoa no ar, me derrubando no chão. Ele tentou… me matar?

O barulho da porta se abrindo dispara uma rajada em meu raciocínio, me alertando de que isso significa que uma pessoa está saindo por ela. Isso é ruim… Finja de morto — algo gritou em minha cabeça e eu apenas obedeci. Não sei exatamente o porquê. Reflexo de auto defesa? Para pegá-lo desprevenido? Ver o que seguiria de uma situação dessas? Mal tenho tempo para raciocinar; eu apenas o fiz. Jogado no chão, só fechei meus olhos e amoleci completamente os membros feito um javali recém abatido no chão da floresta.

Mesmo com os olhos fechados, toda a atenção dos meus outros sentidos estão focando na pessoa que sai do carro. O som dos passos dispara uma tensão em meu corpo que me deixa totalmente alerta e pronto para reagir a qualquer coisa que venha a seguir, mas não demora 10 segundos para que eu perceba que ele não representa perigo algum. Talvez a geringonça assassina de metal tivesse feito ele parecer mais como um urso, mas agora ele se parece mais com uma lebre.

Uma vontade de rir ameaça escapar em meus lábios e eu forço meu rosto a endurecer feito pedra no momento em que percebo o desespero dele, morrendo de medo de ter me matado. Haha, que ingenuidade. Os habitantes dessa cidade não conseguem sequer matar um javali, mas juram que são capazes de me matar, pisar na praça sem ter consequências ou até que podem vir oferecer marmitas e dinheiro. Tão presunçosos… O estranho começa a murmurar palavras que eu não compreendo, provavelmente realizando algum tipo de ritual que não conheço. Reanimação? Necromancia? Ele acha que pode me curar com essas palavras estranhas?

Ele está tão próximo que consigo sentir a respiração irregular e nervosa batendo em meu rosto. Não sei o que ele pretende fazer, mas acho que estou prestes a conhecer um pouco de como funciona a medicina daqui. Como não tenho machucados, sei que meu pai simplesmente me esperaria acordar ou jogaria água em minha cara, mas ele não era um bom exemplo de curandeiro. Sei que, independente do que ele fizesse, eu não sentiria os fios de cabelo dele roçarem no meu rosto como sinto os do estranho agora. Isso não é… proximidade demais?

Uma pressão repentina invade meus lábios e a surpresa é como um raio atingindo meu corpo. O choque paralisa meus pulmões e meus olhos se abrem numa urgência desesperada, tentando compreender o que diabos estava acontecendo. O estranho que nunca me deu sequer um pombo de presente está tocando meus lábios com os dele. Ele está mesmo fazendo isso. Meu… Deus… A consciência volta para meu corpo junto com o ar que invadiu meus pulmões e minhas mãos empurram bruscamente o estranho para retomar a distância entre nós.

O que foi isso? É uma técnica estranha de medicina? Ele gosta de beijar mortos? Ele não sabe o peso que é esse tipo de contato tão íntimo? Não sabe que esse tipo de proximidade é só para os amantes? Isso significa que ele quer…? Meu Deus, eu nem o conheço! Com o turbilhão da confusão em minha mente, só uma coisa é clara; nem em um milhão de anos eu esperaria algo assim de alguém que tentou me matar. A surpresa e o constrangimento gritam em minha cara enquanto eu o encaro sem sequer conseguir esboçar uma reação decente.

Será que eu posso… fingir de morto novamente? E simplesmente desaparecer dessa situação? Não. Eu encaro os olhos castanhos dele e bastam alguns instantes para que eu perceba que não posso baixar a guarda. Talvez seja justamente o que ele quer; me ver sem reação e amedrontado feito um animal fraco e patético. E é por isso que eu nem pondero sobre a ideia que me vem na cabeça e simplesmente me lanço em direção ao estranho, agarro o tecido no peito dele e o puxo para mim. A dor explodiu em meu punho quando eu atingi com força o nariz dele. Não é meu melhor soco, mas é o melhor que eu poderia fazer com tantas coisas se revirando dentro de mim.

——— Seu… seu tarado!
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Última edição por Vicky em Sex Fev 17, 2023 10:13 pm, editado 53 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [Vicky] bbcodes   [Vicky] bbcodes EmptySeg Dez 05, 2022 4:39 pm

[Vicky] bbcodes Baseficha-elliot
Interagindo com Lawrence e Mathias no jardim

Os olhos buscam discretamente conferir os arredores, procurando por um par de olhos muito específicos que eu não gostaria que me avistassem agora. Espero que Maxine esteja bem longe, perdido no meio da multidão. Cruzo os braços e assisto-o fazer o que faz de melhor. A expressão não demonstra muito quando praguejo o latino umas mil vezes mentalmente; quando escolho ignorar a indelicadeza de basicamente estar me fazendo cheirar cocaína na frente de todo mundo, apesar de eu não ter demonstrado lá muita discrição sobre isso. Estragou todo o romance de uma recaída. É impressionante como eles nunca têm senso. E quando tem, ainda assim escolhem agir como se não tivessem.

Prefiro nos poupar do desperdício de tempo que é fazer qualquer reclamação e imediatamente me dobro sobre a mesa. É num disparo que a onda vívida e eletrizante adentrar meu corpo, passeando pelos cantos mais inalcançáveis sob meu corpo e acendendo os pensamentos da forma como deveriam funcionar sempre. Talvez seja culpa de todo o tempo de tortura, mas nem mesmo faz diferença que não seja da melhor qualidade. A necessidade esmagou a parte exigente para algum canto inalcançável da mente. Fecho os olhos, afundo a mão no rosto e, por mais contraditório que seja, tento afundar a euforia para dentro, buscando aparentar ter algum autocontrole que eu devo ter esquecido em casa. Descarrego o ar que sai trêmulo e conserto os óculos em meu rosto com o indicador.

——— Bem, um pouco de inteligência é o bastante ——— digo, e mantenho minha firmeza na conclusão quando puxei uma de suas mãos, desci para a ponta dos dedos dele e puxei o tecido pela ponta, retirando precisamente a luva com um costume que acabei de descobrir ter para despir as mãos do latino enigmático. Busco em meu bolso traseiro por uma caneta que costuma morar por ali, levo-a até os dentes e rapidamente arranco a tampa e escrevo meu número na palma de sua mão. A caneta é permanente e dá trabalho para sair, portanto o capricho é quase automático na forma como escrevi meu nome logo abaixo ao número, deixando um coração ridículo no ponto do "i" que me fez sorrir só de imaginá-lo tentando livrar-se da minha marca em sua pele. Quero que dê trabalho.

——— Quero que você seja meu fornecedor ——— escolho manter a normalidade ao lançar um olhar sério e impassível, apesar do furacão correndo em minhas veias. Sinto a centelha se acender brevemente em meio a intensidade do olhar com que o encarava; os olhos presos nos dele como uma pantera na espreita. ——— Eu pago bem, desde que você seja competente em me fazer sentir alguma coisa ——— ergo o queixo num leve desafio. E, como se só percebesse agora o quanto Santiago é reservado, a vontade de fazê-lo se mostrar me inunda ainda mais. Meus olhos quebram o contato e caem descaradamente para analisá-lo de cima para baixo antes de voltar a fixar-se nos olhos dele. Meu dedo desliza lentamente pela palma da mão que eu já não precisava estar segurando. ——— Você consegue fazer isso, Santiago?

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Última edição por Vicky em Ter Mar 21, 2023 5:29 am, editado 79 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [Vicky] bbcodes   [Vicky] bbcodes EmptySeg Dez 05, 2022 7:25 pm

[Vicky] bbcodes Basefichadominique0
Nome:
Dominique Grimm-Pitch

Idade:
23 anos

Ocupação:
Veterano, 4º período em Relações Internacionais.

Moradia:
Atualmente mora junto com a família em Point Loma.

Personalidade:
Extrovertido, implicante, arrogante, vaidoso, insensível, brincalhão, carente, carismático, ciumento, atrevido e rude.

Backstory:
Britânico, Inglaterra — Oxford.
Dominique sempre foi uma criança que gosta de atenção — aquela que faz graça para as visitas, que se esforça para estar perto e chamar a atenção dos pais, sempre tentando arrancar algum elogio e que vive com ciúmes do irmão mais novo, tratando-o como se vivesse numa eterna competição. Já hoje em dia, bem… na verdade, ele não mudou muito nesse quesito. A diferença é que descobriu mil e uma novas formas de exercitar sua vaidade. No ensino médio, foi o típico bullie dos filmes americanos, sempre se deixava levar pela opinião da maioria, pelo que os amigos diziam e se importando excessivamente com a própria reputação. Muitos de seus gostos e hobbies vieram justamente da influência dos amigos, como por exemplo o boxe e o gosto por esportes.

Informações Extras:
✦ 1,86 m de altura.
✦ Shaypado.
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Última edição por Vicky em Ter Jan 31, 2023 12:58 am, editado 53 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [Vicky] bbcodes   [Vicky] bbcodes EmptyDom Dez 18, 2022 5:32 am

[Vicky] bbcodes Elliot
Interagindo com Santiago no Hotel

Os olhos buscam discretamente conferir os arredores, procurando por um par de olhos muito específicos que eu não gostaria que me avistassem agora. Espero que Maxine esteja bem longe, perdido no meio da multidão. Cruzo os braços e assisto-o fazer o que faz de melhor. A expressão não demonstra muito quando praguejo o latino umas mil vezes mentalmente; quando escolho ignorar a indelicadeza de basicamente estar me fazendo cheirar cocaína na frente de todo mundo, apesar de eu não ter demonstrado lá muita discrição sobre isso. Estragou todo o romance de uma recaída. É impressionante como eles nunca têm senso. E quando tem, ainda assim escolhem agir como se não tivessem.

A inquietação tremula em minha perna e eu descubro ainda mais a impaciência que estava escondida no fundo da mente. Tenho a impressão que vou me arrepender por não ter comprado o estoque da cocaína dele, mas escolho enfiar esse pensamento num baú e concentrar-me em reparar na fantasia da primeira pessoa que passou ao lado. Escuto o barulho lento, quase parando, do ponteiro de um relógio girando em minha mente. A impaciência é como uma agulha fina espetando meu rosto, até que o pressionar em meu peito desmancha qualquer incômodo na expressão. Franzi as sobrancelhas e imediatamente segurei os saquinhos plásticos, buscando evitar que caíssem antes mesmo da mente raciocinar e concluir que ele não deixaria o próprio produto cair no chão só pra testar meus reflexos. Ah… Espertinho!

——— Aprende rápido, Santiago ——— digo, deslizando o sorriso cínico pelo canto dos lábios ao brincar novamente com o nome em minha boca, mantendo o tom lento de provocação que, por algum motivo, disparava uma empolgação que era como flertar com a beira do princípio. Mas o olhar carregava uma certa soberba quando elogiei sua eficiência como um tutor elogia um cachorro que aprendeu a dar a pata; sabemos que não é grande coisa, mas é preciso elogiar um cão quando ele consegue fazer o mínimo. Em meio a outra olhada discreta aos arredores, enfio os sacos plásticos nos bolsos da calça.

Prefiro nos poupar do desperdício de tempo que é fazer qualquer reclamação e imediatamente me dobro sobre a mesa. É num disparo que a onda vívida e eletrizante adentrar meu corpo, passeando pelos cantos mais inalcançáveis sob meu corpo e acendendo os pensamentos da forma como deveriam funcionar sempre. Talvez seja culpa de todo o tempo de tortura, mas nem mesmo faz diferença que não seja da melhor qualidade. A necessidade esmagou a parte exigente para algum canto inalcançável da mente. Fecho os olhos, afundo a mão no rosto e, por mais contraditório que seja, tento afundar a euforia para dentro, buscando aparentar ter algum autocontrole que eu devo ter esquecido em casa. Descarrego o ar que sai trêmulo e conserto os óculos em meu rosto com o indicador.

——— Bem, um pouco de inteligência é o bastante ——— digo, e mantenho minha firmeza na conclusão quando puxei uma de suas mãos, desci para a ponta dos dedos dele e puxei o tecido pela ponta, retirando precisamente a luva com um costume que acabei de descobrir ter para despir as mãos do latino enigmático. Busco em meu bolso traseiro por uma caneta que costuma morar por ali, levo-a até os dentes e rapidamente arranco a tampa e escrevo meu número na palma de sua mão. A caneta é permanente e dá trabalho para sair, portanto o capricho é quase automático na forma como escrevo meu nome logo abaixo ao número, deixando um coração ridículo no ponto do "i" que me fez sorrir só de imaginá-lo tentando livrar-se da minha marca em sua pele. Quero que dê trabalho.

——— Quero que você seja meu fornecedor ——— escolho manter a seriedade ao lançar um olhar firme e impassível, apesar do furacão correndo em minhas veias. Sinto a centelha se acender brevemente em meio a firmeza do olhar que o encarava; os olhos bicolores presos como uma pantera na espreita, tentando entrar na profundidade misteriosa do olhos dele. ——— Eu pago bem, desde que você seja competente em me fazer sentir alguma coisa ——— ergo o queixo num leve desafio. E, como se só percebesse agora o quanto Santiago é reservado, a vontade de fazê-lo se mostrar cresce ainda mais em meu interior numa inundação suja. Meus olhos quebram o contato e caem descaradamente para analisá-lo de cima para baixo antes de voltar a fixar-se nos olhos. Aumento a firmeza ao apertar mais a mão e meu polegar desliza lentamente pela palma da mão que eu já não precisava estar segurando. ——— Você consegue fazer isso, Santiago?
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Última edição por Vicky em Ter Mar 21, 2023 11:58 am, editado 66 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [Vicky] bbcodes   [Vicky] bbcodes EmptyDom Dez 18, 2022 6:02 am

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Interagindo com Maxine no Bar do Hotel

Eu odeio o Halloween. Não por ser meu aniversário, porque disso eu secretamente gostava apesar de sempre dizer que não queria nada especial, mas sim porque quando se não é mais criança, toda a magia dele se perde; ele se torna apenas mais uma festa estúpida em que os jovens agarram a oportunidade para fazer a exata mesma coisa de todas as outras, mas usando alguma fantasia provocante. Prefiro mil vezes o Halloween de uma criança, mas infelizmente quando adultos tentam fazer o mesmo, acaba que eles só recebem olhares de julgamentos e questionamentos como “mas você não está um pouco crescidinho para isso?”.

Eu preferia um simples bolo e somente a presença da minha família, mas em vez disso tenho centenas de desconhecidos ao meu redor, uma gravata bagunçada, a garrafa de algo que um cavalheiro gentilmente me ofereceu como presente de aniversário e uma solidão que fica ainda mais desconfortável quando se tem tanta gente por perto. O problema não é a data, mas sim esta cidade e as pessoas que a habitam. Esse obviamente não é meu lugar, apesar do balcão gelado do bar estar tão confortável que parece até que foi feito sob medida para mim. Espera… Talvez tenha sido mesmo.

Cada gole que passa em minha garganta deixa meu corpo ainda mais à vontade e eu percebo que, na verdade, eu não odeio exatamente estar aqui. Talvez eu estivesse exagerando, mas a nuvem branca que me envolveu mudou um pouco minha percepção. A multidão de pessoas não é tão sufocante assim e todos os problemas parecem tão insignificantes e distantes. Talvez tenha sido essa garrafa ou alguma das diversas que vieram antes dela, mas algo certamente tinha um efeito meio mágico, me deixando intangível e invisível. É tão relaxante. Pensei mesmo que nada podia me alcançar, mas o instante seguinte me prova o contrário quando uma presença desagradável adentra e mancha a nuvem branca e leve que havia ao meu redor, roubando minha garrafa e desferindo um tapa em meu pescoço.

——— Ei! ——— reclamei, subindo a mão até o lugar do tapa e afiando os olhos para conseguir identificar quem era o destruidor da minha paz, demorando um pouco graças a visão turva. Soltei um suspiro quando percebi de quem se tratava. É claro que era ele. Quem mais poderia ser? Eu certamente não devia aparentar estar muito feliz quando assisti minha bebida entrar garganta abaixo de alguém que não a merecia, mas foi somente no momento em que ele me ofendeu que eu soltei um resmungo de insatisfação e virei a cara de volta para o bar, empinando meu orgulho na ponta do nariz.

——— Pfft, não mesmo. ——— recusei a ordem com tranquilidade, cruzando os braços e me ajustando para ficar ainda mais à vontade no banquinho, prestes a me largar sobre o balcão novamente, até que senti a mão me puxar por um dos braços. Embora não parecesse ser exatamente a intenção, meu equilíbrio me abandonou quando isso causou um giro inesperado no mundo. O chão onde busquei apoio com o pé pareceu fugir do lugar onde deveria estar, então me apoiei segurando o braço de Maxine enquanto resmungava, praguejando-o em umas 15 línguas diferentes que nem eu mesmo conseguia compreender.

A presença dele já acaba com meu humor, mas me irritei ainda mais por meu corpo ter vacilado em poder ter dado alguma razão para ele. Não estou uma merda e muito menos preciso de ajuda — é o que tento provar quando me esforço para encará-lo com seriedade enquanto o mundo girava mais que o normal. ——— Você levou um soco. ——— meus olhos se encheram de surpresa quando percebi o machucado. Levei meu indicador para cutucar o corte no lábio dele, mas a imprecisão nos meus dedos só me permitiu alcançar uma parte próxima ao canto dos lábios. ——— Hehe, que legal. Agora sim é um dia bom.
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Última edição por Vicky em Dom Fev 19, 2023 5:41 pm, editado 62 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [Vicky] bbcodes   [Vicky] bbcodes EmptyTer Jan 10, 2023 4:14 am

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Interagindo com Demétrio no jardim

O clima de comemoração de hoje definitivamente não agradava o padre. Preferia apenas se isolar, apreciando o silêncio e o clima solitário que a igreja ficava fora do horário do culto. O silêncio que as duas figuras presentes não estavam respeitando. Ele poderia apenas ignorar, mas o silêncio estava sendo particularmente apreciado hoje, visto o mau humor que Jasper estava. Além de já conviver constantemente com as dores em sua perna, hoje também foi premiado com uma belíssima enxaqueca. O mau humor era apenas outra consequência disso, embora ele não fosse reconhecido por ter energias positivas. E, embora respeitasse Jean, detestava que ele atraísse todo tipo de pirralho escandaloso para cá, arruinando a tranquilidade e o silêncio tão preciosos da igreja.

——— A senhorita veio se confessar, eu imagino? ——— interrompeu, perguntando. Lançou um olhar quase de repreensão para os dois, incomodado com o fato de eles estarem jogando conversa fora em plena igreja. Não que fosse algo ruim, mas naquele momento era inaceitável. Ainda que fosse com uma novata bonitinha. ——— Não se preocupe, tudo que um padre mais ama é trabalhar numa segunda. ——— disse, sarcástico, mas mantendo a expressão indiferente. Sua intenção era quase que jogar um desafio para a garota: prove que você não é uma perda de tempo ambulante. Porque se fosse, iria aprender uma lição. ——— Permita-me cuidar dela por você, Pastor Jean?
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